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Júlia Cortines – Versos na tarde

Interrogação Júlia Cortines ¹ Contemplo a noite: a cúpula estrelada do firmamento sobre mim palpita; meu olhar, que a interroga, embalde fita o olhar dos astros, que não vêem nada: — Nessa amplitude lôbrega e infinita que inteligência ou força inominada numa elipse traçou a vossa estrada, estrelas de ouro, que o mistério habita? Dizei-me se, transpondo a imensidade, alguma coisa a vós minha alma prende, um vínculo de amor ou de verdade. Dizei-me o fim da nossa vida agora: para que serve a luz que em vós resplende, e a oculta mágoa que em meu seio mora?… ¹ Júlia Cortines * Rio de Janeiro, RJ. – 1868 d.C + Rio de Janeiro, RJ. – 1948 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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