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A reflorestadora da China

“Nada existe de grandioso sem paixão.” Hegel Yi Jiefang plantou milhões de árvores nos desertos da Mongólia Interior, noroeste da China, nos últimos 20 anos para realizar o último desejo de seu filho: ele iria estudar e depois se dedicar ao reflorestamento de desertos. Depois de receber a notícia de que seu único filho, Yang Ruizhe, havia morrido em um acidente enquanto estudava no Japão em 2000, a mãe, na época na casa dos 60 anos, usou o seguro de vida e a indenização por acidente do filho, bem como o dinheiro da venda de sua casa para começar o projeto: “Vida Verde”. Graças ao coração e às mãos humanas, agora milhares de seres vivos, como árvores, pássaros, fungos, insetos e mamíferos, constroem um lar, que será habitado por gerações. Isso mostra que o ser humano é uma poderosa força capaz mudar regiões inteiras para o melhor ou para o pior, a depender dos sonhos que o povoam, como fizeram os homens modernos na construção de “cidades-pedras” (desmatando bilhões de árvores desde a revolução industrial), e os povos originários da Amazônia na construção de “cidades-jardins” (plantando a mais exuberante floresta do planeta). “Os homens não podem levar dinheiro com eles depois que morrem. Desejo transformar meu dinheiro em terras verdes, que podem ser eternas”. (Yi Jiefang)

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Catalogar todas as espécies de árvores da Amazônia levaria 300 anos, mostra levantamento

A Floresta Amazônica tem uma variedade tão grande espécies de árvores que catalogá-las levaria três séculos, segundo estimativas de um novo estudo. Cientistas dizem que ainda resta descobrir 4 mil espécies de árvores na Amazônia Image copyrightGETTY O trabalho publicado no periódico Scientific Reports fez um levantamento dos mais de 500 mil exemplares reunidos por museus nos últimos 300 anos. E mostrou que aproximadamente 12 mil espécies foram descobertas até hoje. Com base nesse número, cientistas preveem que ainda restam a serem descobertos ou descritos em detalhes cerca de 4 mil tipos raros de árvores. Só foi possível elaborar essa lista graças à digitalização dos acervos de museus ao redor do mundo. Os pesquisadores dizem que ela ajudará quem busca proteger a florestal tropical com a maior biodiversidade do mundo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “A lista dará aos cientistas uma melhor noção do que há de fato na bacia amazônica, e isso contribuirá com os esforços de preservação”, diz um dos autores do estudo, Hans ter Steege, do Centro de Biodiversidade Naturalis, da Holanda. Brasil Estudo aponta que Amazônia não é prioridade nas pesquisas brasileiras Image copyrightTHINKSTOCK Dentre os países que abrigam a Floresta Amazônica, o Brasil é o país com o maior número de amostras de coletadas: 278.165. Do total de espécies identificadas, 61% foram coletadas na Amazônia brasileira. No entanto, o estudo aponta que maior parte da pesquisa realizada por cientistas, especialmente os brasileiros, sobre a flora nacional é feita em outros ecossistemas que não a Amazônia, que representa metade do país territorialmente. Das 2.875 espécies brasileiras descritas entre 1990 e 2006, somente 20% eram da Amazônia. E, enquanto 50% de novas espécies de ecossistemas não amazônicos foram descritas por cientistas brasileiros, esse índice cai para 20% entre as espécies da floresta. O estudo ainda destaca que o esforço de pesquisa brasileiro sobre flora está concentrado no Sul e no Sudeste do país. “É nestas regiões que estão localizados 59 dos 92 herbários do país e 67% das amostras coletadas. A região amazônica tem só cinco herbários registrados e abriga 11% das coleções botânicas.” Com dados da BBC

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