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Eleições – Pablo Marçal é o Exterminador do Bolsonaro

Marçal cresceu e virou o Alien de Bolsonaro O final de semana que pode ter definido o Leandro Demori Antes de mais nada, vamos combinar: é preciso falar de Pablo Marçal. Certo, nós aprendemos desde 2016, com Trump, que não se deve dar palco, que não se deve dar publicidade a tudo, que não se deve replicar os vídeos feitos propositalmente para furar a bolha. Quando Bolsonaro lança uma marca de perfume, vocês sabem, não poste isso nem que seja para “tirar onda”. Você está apenas fazendo publicidade gratuita. Mas também aprendemos que ignorar um assunto, ou deixar de ir ao médico, não faz com que a doença desapareça. Pablo Marçal é uma doença social. É a metástase do bolsonarismo. É mais violento e que seu inspirador e ameaça inclusive a exclusividade do próprio Jair em liderar sua massa zumbi. É preciso falar de Pablo Marçar para decifrá-lo e combatê-lo. A briga entre Marçal e Jair é, sim, verdadeira, mas também mais complexa do que parece. Vamos por partes O candidato de Jair Bolsonaro em São Paulo era Ricardo “passar a boiada” Salles. O ex-ministro do Meio Ambiente – réu por exportação ilegal de madeira – foi abatido antes da campanha porque, sobretudo, há um acordo na cidade: Michel Temer e seu grupo azeitaram as relações de Bolsonaro com o Supremo, salvaram Sérgio Moro da cassação e se encaminham para salvar o senador do véio da Havan, Jorge Seif, no mesmo TSE. Notaram como Moro e Seif foram reticentes em relação ao vazamento das mensagens dos assessores de Alexandre de Moraes? Pois é. De um lado, as coisas aliviaram bastante para Bolsonaro (vem anistia aí?). De outro, Temer retoma seu projeto de uma terceira via, empenhando compromissos com políticos que tiveram suas cabeças salvas da guilhotina. Salles fora, Nunes (do MDB) candidato. A campanha de Nunes está mantendo uma distância saudável de Bolsonaro. Não quer depender dele para a eleição. Não quer Jair escolhendo secretários e cobrando a fatura na prefeitura em 2025. Se dependesse de Nunes, ele ganharia a eleição sem tocar no nome de Bolsonaro. Bolsonaro sabe disso e decidiu agir. Na semana passada, Bolsonaro disse em uma entrevista que “Nunes não é seu candidato ideal” e elogiou Pablo Marçal. A frase caiu mal na campanha de Nunes e provocou agitação geral no quadro de candidatos. Como boa parte dos eleitores ainda não sabia quem era o candidato de Bolsonaro, muitos correram pro colo de Marçal. Convenhamos: se você for pela lógica, faz todo sentido. O idiota só poderia apoiar o idiota 2.0. Questão de DNA. É de se imaginar que os bolsonaristas tendem a votar em Marçal caso as coisas não fiquem claras. Bolsonaro fez isso de propósito para provar a Nunes que ele não vencerá as eleições sem os radicais da direita? É possível. De todo modo, pouco importa: a família Bolsonaro em peso passou a atacar Marçal para estancar seu crescimento vertiginoso. A expectativa é que Marçal derreta, e que o segundo turno leve Nunes à vitória hipotecada por Jair – que cobrará a fatura no ano que vem, montando seu feudo na prefeitura. O problema é que Marçal parece resistente. Sua base digital é tão radicalizada quanto a de Bolsonaro, Milei ou Trump. Some-se a isso um componente de seita ainda mais radical porque Marçal usa abertamente um discurso religioso que vai muito além da hipocrisia envernizada de Bolsonaro – que de cristão nunca teve nada. Não que Marçal tenha, mas ele engana muito melhor. Suas redes sociais são gigantescas e ele joga como ninguém o jogo da economia da atenção. Ontem, durante uma live para 160 mil pessoas, o perfil de Marçal no Instagram caiu no meio da transmissão. Se foi por consequência da ordem judicial que mandou derrubar suas redes ou se foi jogo de cena – o próprio Marçal pode ter excluído o perfil de propósito para causar o “efeito censura” –, pouco importa. Nos comentários, mesmo os bolsonaristas mais apegados estão declarando voto em Marçal. Amam o “mito”, mas não querem votar em Nunes. Na live, Marçal chamou Nunes de “comunista” (hehe) e Bolsonaro de “cooptado pelo sistema” (haha). Parecia o velho Bolsonaro de 2018. Marçal está indo na veia dos argumentos da extrema direita, se mostrando mais “puro” que Bolsonaro. Nessa lógica, ele não abre uma guerra franca contra o Bolsonaro hipotético (mito, santo, intocável, heroi, o qual ele elogia e com o qual posta fotos junto) mas contra o Bolsonaro “humano e pecador” (desgastado e, se não um vendido, pelos menos um “contaminado” pelo establishment). Sendo benevolente, um Bolsonaro fraco. Marçal surge então como um Exterminador do Futuro 2.0, uma versão melhorada do primeiro modelo, já corroído pela chuva ácida da política. No curto prazo, um problema para o bolsonarismo – que, internamente, eles juram ter capacidade para resolver. Esperam que ele “derreta” em 10 dias. Será? No longo prazo, uma nova fase de radicalismo para o Brasil. Um novo problema que Bolsonaro nos arrumou.

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O trunfo da extrema-direita

O grande triunfo da extrema direita, e das elites que ela serve, é que muitos querem o governo de qualquer outro antes do seu próprio. O grande triunfo da extrema direita é tornar aceitáveis ​​medidas e governos que, sem a sua existência, seriam inaceitáveis. O grande triunfo da extrema direita é ocupar o espaço da esquerda como alternativa, quando na realidade fazem parte do sistema. O grande triunfo da extrema direita é celebrar que Sánchez, Macron, Trump e tantos outros governam ao serviço das elites antes da extrema direita, que serviria às mesmas elites. O grande triunfo da extrema direita é a celebração de uma derrota que, na realidade, é uma grande vitória. Porque o problema não é Le Pen, Meloni, Orbán, Abascal, Trump ou qualquer outro, o verdadeiro problema é que as elites controlam quase todas as peças e a maior parte do tabuleiro. Que as elites são tanto donas da extrema direita como da social-democracia ou dos conservadores. E, sobretudo, que os cidadãos não tenham mais alternativas reais para mudar o sistema. E quem tenta é eliminado do tabuleiro. Há muito pouco para comemorar e muito para refletir.

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Atentado contra Trump é combustível para a extrema-direita

A extrema-direitalha “venceu” mais uma. Entramos em uma zona de um mundo mais sombrio.   Guardadas as devidas proporções, e a se confirmar a aparência de plausibilidade deste atentado contra Trump, estaríamos presenciando algo similar ao que representaram os atentados de 11 de setembro como virada de chave na estratégia global dos EUA. Nesta perspectiva, a vitória da facção mais extremista do establishment americano nos reserva um sombrio estado de exceção planetário que certamente afetará os rumos e os desdobramentos da atual disputa interna brasileira, para pior. O atentado contra Trump não muda o cenário das eleições americanas: ele já venceria sem esse evento. Mas é pólvora para extrema direita e afetará eleições mundo afora, incluindo as do Brasil em 2026, pois alimenta teorias estapafúrdias e reacende os ânimos dos extremistas.

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Fakenews e o discurso da extrema-direita

Vocês sabem porque os Satãnaristas não querem que criminalize as Fake News? Porque essa é a base do discurso satãnarista. Não é meramente tal campo político ter dito uma mentira, eles usam as mentiras como a cerne do debate público. Basta fazemos um retrospecto desde 2018 até aqui. Na eleição vencida pelo líder extremista, os principais argumentos deles contra a esquerda se tratavam de mentiras assustadoras para pôr pânico na cabeça do eleitor. O kit gay foi a Fake News mais disseminada, mas várias outras rolaram no submundo das redes sociais, com efeito tão devastador quanto. Alguns exemplos são a mamadeira de piroca; o Haddad como abusador de crianças; as pessoas perderem as suas casas pro MST e a notícia de que todos teriam que comer carne de cachorro, como na Venezuela. Em 2022, mesmo depois de já ser governo, a base do discurso satãnarista não foi nem os feitos do Satãnaro como presidente e nem críticas ao que a esquerda realmente defendia. Mais uma vez inventaram mentiras e usaram isso como base do debate político. Os vídeos na maioria são montagem, mas até hoje pessoas de capacidade cognitiva (ou de caráter) baixa continuam acreditando. Para além disso, as eleições foram marcadas por inúmeras outras mentiras com o propósito de assustar a população, como a de que o Lula fecharia igrejas. Dessa última vez eles perderam, mas não desmontaram a máquina capaz de produzir Fake News em escala industrial. O Satãnarismo possui toda uma rede de produção, distribuição e financiamento de notícias falsas, que funciona muito além do período eleitoral. O uso da mentira como principal ferramenta política é uma ameaça para a própria democracia, já que as pessoas formam a opinião com base nas informações que chegam até elas. Se as informações que elas têm acesso são falsas, o direito de escolha está sendo corrompido. É por isso, em nome da democracia, que a criminalização das Fake News é importante e assusta tanto a extrema-direitalha.

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Eduardo Leite ficará impune?

O Eduardo Leite é um Bolsonarista “personalité”. O que ele fez lembra exatamente o Bolsonaro e o filme “Não olhe pra cima”, que é uma paródia justamente com o negacionismo da extrema direita. O cara é alertado do problema, mas diz que “tinha outra agenda”. Está vindo “um meteoro” que vai afetar quase 90% das cidades do estado. Como assim tinha outra agenda? Leite azedo.

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A esquerda burra brasileira

Enquanto isso a esquerda burra brasileira acredita que pode combater a extrema-direita fora das redes sociais. A esquerda daqui de “Southern Banânia” parece desconhecer, o Movimento 5 Estrelas nascido na Itália, nem sabe nada do Clube Bildenberg. O capital, como já o faz há séculos, continua manipulando os cordões.

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Extrema-direita e redes sociais

Carlos Affonso Souza, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio), afirmou que as redes sociais não estão mais restritas ao campo tecnológico e passaram a ser estratégicas nas relações internacionais. Souza citou o embate entre o dono do Twitter, Elon Musk, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, como exemplo de que o embate digital é cada vez mais político. “Direita brasileira parece cada vez mais conectada com o manual da direita norte-americana.” “Tanto a discussão sobre o banimento do TikTok nos EUA como a controvérsia de Musk com Moraes mostram como as redes sociais ingressaram de vez na agenda geopolítica.”

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A extrema-direita brasileira é estúpida

A burrice da extrema-direita brasileira é tão grande que eles acham que o bilionário Elon Musk é uma espécie de corte revisora do STF. Além disso, esses “distrupiços” acham que os apoiadores de Trump nos Estados Unidos teriam algum poder mágico de interferir na Justiça brasileira. Eles estão espalhando cada vez mais fake news sobre o STF caluniando também o Ministro Alexandre de Moraes! Quando a Polícia Federal agir, é melhor a extrema-direita não chorar. Eles não aprendem.

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Atos de 8/1, holocausto e extrema-direita

Ah, esquece os atos de 8/1 porque foi praticado por radicais de extrema direita. Amigo, depois do holocausto a Alemanha construiu memoriais para lembrar ao povo que o holocausto ocorreu porque pessoas apoiaram um governo de extrema direita.

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Milei, Argentina e os BRICS

O anúncio de saída da Argentina dos Brics — aliás, o país nem chegou a entrar de fato — não surpreendeu ninguém por aqui e pouca diferença faz para os demais integrantes do grupo. Mas vai acabar sendo, politicamente, um tiro no pé de Javier Milei. Cada vez mais parecido com o colega Bolsonaro, segue o roteiro do discurso ideológico acima de qualquer decisão razoável para o país. Perderá, por exemplo, as chances de ter empréstimos do Banco de Desenvolvimento do Brics e investimentos dos demais parceiros — o que EUA e Israel dificilmente vão suprir, como espera Milei. O problema é que, no alvo de cada sandice, há o sofrido povo argentino, que começa a perceber seu erro na eleição. Vamos observar a reação do Congresso ao projeto de ditadura do novo presidente. Pode começar ali, e logo, a reação para frear a marcha da insensatez modelito tango.

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