A vida como não deveria ser
Escola na Índia sob um viaduto [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
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Alunos provenientes do Vietnã apresentam rendimento acima da média no sistema educacional alemão. Cientistas querem saber entender por que. Chave pode estar na confiança que os pais depositam nos filhos. Quem visita a casa dos Le Pham encontra um pedaço do Vietnã na Alemanha. A família vive num edifício habitacional numa cidadezinha da região do Rio Reno. Seu apartamento cheira a arroz, ervas frescas e molho de peixe. A biografia dos pais também se assemelha à de muitos dos cerca de 100 mil cidadãos do Vietnã ou alemães de origem vietnamita que hoje vivem na Alemanha. O corpulento pai, Than Yen Le, fez o curso médio no país natal, indo posteriormente para a República Tcheca, onde se formou em engenharia mecânica.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Após o colapso do bloco soviético, ele decidiu ir para o Ocidente e vive na Alemanha desde 1991. Hoje, possui um restaurante asiático em Colônia. Antes de ir para a Alemanha, em 2004, sua esposa Thi Lam Pham fez curso de design de moda no Vietnã. Atualmente ela trabalha num estúdio de manicure. Irmãos aplicados O casal tem dois filhos: o reservado Minh Anh e o mais jovem e esperto Minh. Indagados de que disciplina escolar mais gostam, Minh responde sem hesitação: “Música e arte!” O primogênito Minh Anh diz, baixinho: “Esporte e matemática, matérias que são fácies.” Eles cursam o quinto e sexto ano num gymnasium (escola que possibilita o ingresso na universidade). Em 2015, o mais velho foi representante de turma; neste ano, é a vez do mais novo assumir o cargo. Orgulhosa, a mãe conta que os meninos gostam de ir à escola e que ela não tem que ir sempre à reunião de pais, pois a professora está bem contente com o desempenho escolar dos dois. Como ambos os pais trabalham, Minh e Minh Anh permanecem na escola até as 16 horas. A mãe às vezes só chega em casa às 18 horas, o pai, em geral, não antes das 21 horas. Também nesse ponto os Le Pham não são atípicos: para sustentar a família, grande parte dos vietnamitas tem que trabalhar muito. Para as crianças, isso significa se tornar independente muito cedo. Os garotos contam que, após o horário escolar, estudam para o dia seguinte. “Ou eles já vão preparando o jantar”, interfere a mãe. Além disso, o mais novo tem aulas de violão, enquanto o mais velho joga tênis na escola. Apesar das condições não tão fáceis, os garotos são bons na escola. O mais velho poderia ter pulado um ano, mas a mãe não quis: “É melhor ele aprender passo a passo.” Família Le Pham: pais querem voltar para o Vietnã, mas futuro dos filhos está na Alemanha Sucesso escolar enigmático O bom desempenho escolar dos Le Pham também se aplica a muitos outros vietnamitas na Alemanha, que, em média, chegam a ser melhores do que muitos alemães. Para o ano letivo 2013/2014, o Departamento Federal de Estatística da Alemanha constatou que 64,4% dos adolescentes de origem vietnamita frequentam o gymnasium, contra 47,2% dos alemães. A constatação em si não é novidade e também já foi vista nos EUA há muitos anos. Os cientistas estão interessados no que está por trás disso: como se explica a diferença entre os diversos grupos étnicos? A questão foi investigada em 2015 pelo sociólogo Bernhard Nauck, da Universidade de Chemnitz, e pelo pedagogo Birger Schnoor, da Universidade de Hamburgo. Num estudo empírico, eles analisaram 720 famílias alemãs, vietnamitas e turcas. Num primeiro passo, os dois cientistas analisaram a explicação clássica para o sucesso escolar: ou seja, quanto maior a renda familiar de uma família, melhor a rede social e quanto maior o nível de escolaridade dos pais, mais bem-sucedidos os filhos são na escola. Com base nesse modelo, no entanto, as crianças vietnamitas deveriam ter o mesmo desempenho dos filhos dos turcos. “Mas eles não têm. Esse enigma é justamente o objeto de nossa pesquisa”, comentou Nauck em conversa com a Deutsche Welle. Buscando explicações alternativas Depois de o assim chamado “modelo dos recursos” ter sido descartado como possível explicação, os pesquisadores procuraram alternativas. “O primeiro suspeito foi, naturalmente, o estilo de criação.” Em outros estudos, Nauck já pôde comprovar que a educação vietnamita é muito mais rigorosa do que a proporcionada pelos pais alemães. Contudo a tese de um “estilo autoritário de educação igual a sucesso na escola” não se sustentou após um exame empírico. “Não procede que quanto mais autoritários são os pais, maior o sucesso escolar.” Os cientistas também avaliaram outra possível explicação para o bom desempenho de escolares vietnamitas: trata-se do legado confunciano, segundo o qual a educação é um valor em si e um bom diploma escolar dos filhos contribui para a boa reputação dos pais. Mas aqui também vale: “Tantos os grupos de migrantes turcos quanto os vietnamitas se destacam por apostar fortemente na escola quando se trata de ascensão e reconhecimento sociais.” Portanto essa abordagem tampouco levou adiante a investigação. Crianças vietnamitas se destacam em escolas alemãs Mudança de perspectiva Bernhard Nauck admite que a questão do sucesso escolar de filhos de migrantes vietnamitas continua sem resposta, mesmo depois da pesquisa. Mas ele tem algumas ideias sobre como continuar a investigação: talvez até agora se tenha focado os pais demasiadamente, negligenciando-se os filhos. Uma mudança de perspectiva poderia fazer o estudo avançar. “Possivelmente tem bem mais a ver com as reações dos pais ao comportamento dos filhos; com que rapidez eles desistem, se o sucesso escolar das crianças não se manifesta”, explicou o sociólogo. “Nesse ponto, há indícios de que os pais do Sudeste Asiático se diferenciam substancialmente de outros migrantes e também dos alemães.” Como exemplo, Nauck menciona o reforço com aulas particulares. Na Alemanha, as notas escolares vão de 1 a 6, sendo 1 a mais alta. Enquanto, via de regra, os genitores alemães ainda não cogitam em contratar um professor particular se o filho recebe um 4, para muitas famílias vietnamitas um 2 já seria motivo para aulas extras. Integração
Alckmin declarou que ” Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção” O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu às críticas do governador de São Paulo (PSDB), Geraldo Alckmin, neste sábado (30). O tucano havia destacado mais cedo que “Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Seria mais proveitoso para a população de São Paulo se a imprensa perguntasse e o governador explicasse os desvios nas obras do metrô e na merenda escolar, a violência contra os estudantes e os números maquiados de homicídios no estado, ao invés de tentar desviar a atenção para um apartamento que não é e nunca foi de Lula”, disse a assessoria de imprensa do Instituto Lula por meio de nota. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também criticou a declaração de Alckmin, e sugeriu que em vez de atacar Lula Alckmin cuide do seu governo, “que está tirando comida da boca das crianças”. Alckmin declarou em entrevista que ” Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites”. O governador ainda se disse “triste” com as recentes denúncias que tentam envolver o nome do ex-presidente Lula. “É muito triste o que nós estamos vendo, e o que a sociedade espera é que seja apurado com rigor e que se faça justiça”, disse o tucano. JB
Japão e Índia – Verso e reverso da educação Japão Japão Japão Índia [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Uma pesquisa americana sugere que o uso excessivo de teclados e telas sensíveis ao toque em vez de escrever à mão, com lápis e papel, pode prejudicar o desenvolvimento de crianças. Pesquisa sugere que escrever à mão é mais benéfico para crianças. A neurocientista cognitiva Karin James, da Universidade de Bloomington, nos Estados Unidos, estudou a importância da escrita à mão para o desenvolvimento do cérebro infantil. Ela estudou crianças que, apesar de ainda não alfabetizadas, eram capazes de identificar letras, mas não sabiam como juntá-las para formar palavras. No estudo, as crianças foram separadas em grupos diferentes: um foi treinado para copiar letras à mão enquanto o outro usou computadores. A pesquisa testou a capacidade destas crianças de aprender as letras; mas os cientistas também usaram exames de ressonância magnética para analisar quais áreas do cérebro eram ativadas e, assim, tentar entender como o cérebro muda enquanto as crianças se familiarizavam com as letras do alfabeto. O cérebro das crianças foi analisado antes e depois do treinamento e os cientistas compararam os dois grupos diferentes, medindo o consumo de oxigênio no cérebro para mensurar sua atividade.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Leia mais: Como o cérebro grava para sempre a língua materna Respostas diferentes Os pesquisadores descobriram que o cérebro responde de forma diferente quando aprende através da cópia de letras à mão de quando aprende as letras digitando-as em um teclado. As crianças que trabalharam copiando as letras à mão mostraram padrões de ativação do cérebro parecidos com os de pessoas alfabetizadas, que conseguem ler e escrever. Escrever à mão ativa áreas diferentes do cérebro das crianças Este não foi o caso com as crianças que usaram o teclado. O cérebro parece ficar “ligado” e responde de forma diferente às letras quando as crianças aprendem a escrevê-las à mão, estabelecendo uma ligação entre o processo de aprender a escrever e o de aprender a ler. “Os dados do exame do cérebro sugerem que escrever prepara um sistema que facilita a leitura quando as crianças começam a passar por este processo”, disse James. Além disso, desenvolver as habilidades motoras mais sofisticadas necessárias para escrever à mão pode ser benéfico em muitas outras áreas do desenvolvimento cognitivo, acrescentou a pesquisadora. Leia mais: Ainda faz sentido exigir que crianças saibam a tabuada de cor? Computadores em escolas Muitas escolas têm pressa em implantar computadores em classes com crianças cada vez mais jovens As descobertas da pesquisa podem ser importantes para formular políticas educacionais. “Em partes do mundo, há uma certa pressa em introduzir computadores nas escolas cada vez mais cedo, isto (esta pesquisa) pode atenuar (esta tendência)”, disse Karin James. Muitas escolas americanas já transformaram o ensino da escrita à mão em alternativa opcional para professores. Por isso, muitos educadores não ensinam mais caligrafia. Uma solução poderia seria usar algum programa em um tablet que simulasse o ato de escrever à mão. Mas, pelo que a pesquisa da cientista sugere, nada parece substituir o aprendizado com a escrita à mão. BBC
O uso de blogs em sala de aula é positivo para os estudantes, diz um estudo da Unicamp. A conclusão é da pesquisa de mestrado de Cláudia Rodrigues, do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo a pesquisadora, o uso de tais ferramentas em sala de aula favorece a produção textual e contribui para exercitar nos estudantes o poder de argumentação, além de favorecer o debate. “O estudo ressaltou a necessidade de os professores encontrarem caminhos para explorar o letramento digital em sala de aula”, disse Cláudia, que também é professora de redação do ensino médio, à Agência Fapesp. Para verificar a validade em utilizar blogs para o ensino de escrita, o estudo, orientado pela professora Denise Bértoli Braga, do Departamento de Lingüística Aplicada do IEL, envolveu a produção de 20 blogs por cerca de 240 alunos durante as aulas de produção textual, ministradas em quatro turmas de uma escola de ensino básico. Os alunos produziram os blogs e, em seguida, foram promovidas discussões sobre assuntos diversos que tiveram início em sala de aula e prosseguiram no ambiente digital. Segundo ela, além de serem colocados em contato com diversas opiniões, podendo exercitar a prática da argumentação, os alunos, por conta própria, envolveram professores de outras disciplinas da escola para a coleta de informações que deram origem aos textos publicados nos blogs. “O interesse pela leitura e pela escrita aumentou quantitativa e qualitativamente em proporção às aulas tradicionais. Dos 20 blogs publicados por quatro turmas, quatro tiveram destaque e foram considerados de elevado êxito na proposta”, afirmou Cláudia, destacando que as discussões tiveram maior alcance do ponto de vista temático e também foram estendidas para outros ambientes fora da sala de aula. “Foi nítida a inquietação na sala de aula em relação às pesquisas e busca de dados para os textos. Também foi freqüente a solicitação, por parte dos alunos, da leitura dos textos por seus colegas de classe antes de sua publicação. A maior parte dos estudantes buscou ainda outras fontes de informação além do professor para chegar às conclusões sobre os assuntos abordados”, disse. Domínio da tecnologia Para ela, o fato de envolver a escola em um ambiente tecnológico que já era de domínio dos adolescentes permitiu um alto nível de identificação com a proposta. “Os blogs construídos pelos alunos mostram a familiaridade deles com construções hipertextuais e com integração de linguagens”, disse. “Os alunos se preocuparam mais com a qualidade da escrita e com o desenvolvimento do discurso, uma vez que o professor não é mais o único leitor de seus textos. O blog é público”, contou. A pesquisa sugere que os blogs podem ser utilizados pelos professores de diferentes formas, dependendo da criatividade dos docentes e do casamento de suas intenções pedagógicas com os interesses dos alunos. Segundo Cláudia, que sugere a inserção dos blogs nas aulas de produção textual, o uso desse tipo de tecnologia na escola tem sido quase que inevitável. Por outro lado, o uso dessas “páginas digitais” demanda mudanças sensíveis no perfil do professor. “O professor passa a ser mais um orientador e, embora possa avaliar e dar nota ao blog, na prática ele deixa de ser o leitor alvo dos textos. O blog deve ser visto como mais uma ferramenta à disposição dos docentes, somado ao livro didático e a outras atividades de suporte”, disse. O estudo indicou ainda que, apesar de ser um dos grandes entraves para as propostas pedagógicas na internet, a linguagem própria do mundo virtual, uma espécie de dialeto que os jovens utilizam para expressar suas opiniões, não impediu que os jovens pudessem aprender a língua portuguesa corretamente. Na pesquisa, a produção textual dos alunos não se enquadrou na linguagem conhecida como “internetês”, carregada de abreviações e gírias criadas pelos próprios adolescentes. “Hoje existem diversos gêneros de blogs que envolvem vários tipos de linguagens. O blog educacional tem um perfil diferenciado comparado aos blogs de entrenimento. Antes de qualquer proposta pedagógica, o professor deve sinalizar a seus alunos a riqueza da língua portuguesa e suas múltiplas variações e condições de produção”, disse. da Info
Internet na escola não resolve problemas, fabrica novos. Emilia Ferreiro, psicolingüista argentina. Discípula do psicólogo suíço Jean Piaget, a psicolingüista argentina Emilia Ferreiro revolucionou nos anos 80 a alfabetização, ao sugerir uma nova maneira de entender como as crianças aprendem a ler e a escrever. Foi ela quem cunhou o termo “construtivismo”, nome da teoria que hoje, passados mais de 20 anos, é tida como a principal corrente do sistema educacional brasileiro. Aos 69 anos, empolgada com as possibilidades que as novas tecnologias oferecem, ela diz que faltou, no Brasil, pesquisa didática para aplicação da teoria. Apesar dos desvios, segundo ela, a educação está melhor do que antes, só por reconhecer que as crianças são ativas na alfabetização, e não apenas devem copiar e reproduzir o que os professores escrevem. Atualmente é professora do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, na Cidade do México, onde mora. De passagem por São Paulo, para participar do Seminário Victor Civita de Educação, no início do mês, Emilia falou ao Estado sobre sua teoria, a dificuldade que a escola tem, ainda hoje, de lidar com a diversidade e as possibilidades da tecnologia na alfabetização. [ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Professores, pais e até alunos conhecem o termo construtivismo, adotado no Brasil pela maior parte das escolas. No entanto, cada um define a linha de uma maneira. Há uma dificuldade de compreensão? A questão é que existe um passo intermediário entre a pesquisa de base, de natureza psicolingüística, e a aplicação pedagógica, que é a pesquisa didática. O que aconteceu aqui e em várias partes do mundo é que se fez uma aplicação antes da pesquisa de base. Foi por um bom motivo, porque a situação educacional no Brasil era insuportável. Nos anos 80, metade dos meninos repetiam a 1ª série. Parecia que eram todos incapazes de aprender. Sentiu-se que o construtivismo trazia novas idéias para mudar isso. Acredito que teve resultados positivos, apesar dos desvios. Foi bom pensar que as crianças podiam aprender, que antes de escrever corretamente, tinham modos de ler e escrever evolutivamente ordenados. Agora, é necessária a pesquisa didática para saber como usar na escola um saber teórico. Apesar do esforço pela inclusão e respeito à diversidade, pesquisas apontam para um excesso de alunos agitados medicados sem necessidade, por exemplo. A escola não sabe lidar com a diferença? O tema da medicalização está sendo uma catástrofe em todo o mundo. Não é um problema só brasileiro. Na Argentina, um grupo de pediatras e psicólogos estão preocupadíssimos com a quantidade de crianças medicadas. E é um problema sobretudo da escola particular. Essa é uma dificuldade que existe. Por que a escola ainda não superou essa dificuldade? Quando a escola foi criada, também havia muita diversidade. Mas foi uma diversidade negada. Todas as crianças deviam ter os mesmos direitos, aprender as mesmas coisas, da mesma maneira e falar a mesma língua. Quando se estabelece isso, a missão da escola é formar esse cidadão ideal, que deve saber certas coisas e falar de certa maneira. Hoje, a comunicação entre as diversidades, as possibilidades de encontro se multiplicaram exponencialmente. Não havia tanto encontro de diversidades antes, exceto em alguns lugares. Então, historicamente, a escola não foi criada para respeitar a diferença. Com o computador, que chega também à rede pública, as crianças têm acesso a universos muito distintos, mas também a hipertextos, links, que fogem do padrão linear da leitura do livro. Isso influencia na alfabetização? O computador quando é processador de texto é uma coisa, quando é internet é outra, chat é outra, e-mail é outra. Como processador de texto já é de uma utilidade pedagógica sensacional. Na escola tradicional, a revisão de texto é feita pela professora. Com os processadores de texto se pode socializar a revisão. Um dos objetivos da alfabetização é formar um produtor autônomo e para isso o computador é fantástico. É apaixonante como se pode instaurar desde o começo uma atitude de responsabilidade frente ao próprio texto, deixá-lo mais eficaz como mensagem para transmitir a outro. Se escrevo para uma diversidade de destinatários – outra vez a diversidade -, isso muda o texto, tenho de pensar o que digo em função de um interlocutor, e não de uma professora que só está interessada na ortografia. Isso tem repercussão cognitiva e no processo de socialização da criança. E o contato com a internet? Com a internet, o problema não é tanto ser linear ou não. O problema é o seguinte. Eu busco, acho um site, que tem um link para outro lugar, e dele vou para outro, e em pouco tempo já nem sei o que buscava. Sou um barco perdido no meio do mar sem porto de chegada. Uma das dificuldades é que cada opção abre outras opções. É muito fácil se perder e o desafio é manter o objetivo da busca diante de uma multiplicidade de opções. É uma coisa que a escola nunca ensinou. Outra coisa é que busco e aparecem cem opções, como escolho? Com que critérios seleciono? O problema da reação aos buscadores é que pensamos que existe alguém por trás que saiba tudo e me mostre tudo e me leve a tudo. E não é assim. Um dos problemas sérios é aprender a duvidar da internet, que nem sempre me traz o que busco. Para navegar eficientemente na internet é preciso ter uma série de atitudes novas, tomar decisões rápidas e extrair informação. Mas a maneira de ler muda? Não tem de ler como se ensinava antes na escola, começava do início e seguia até o fim da página. Isso é interessante, porque na internet, numa busca, é diferente, tem de ter critérios e selecionar, ler de todos os pontos. Uma coisa que se está discutindo seriamente são esses critérios de confiabilidade da internet. Nos objetos livro, revista e jornal, eu tenho critérios antes de começar a ler. A aparência do livro já me diz se é bem editado ou não. A quantidade de fotos e a distribuição de propaganda
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Brasil – da série: “A vida como não deveria ser!” Vamos gastar milhões pro futebol. A culpa, é de todos. Governo e eleitores. Minha e sua! Foto via Twitter de @abroba PS. O (Des) Governo Federal vai gastar R$ 32 Milhões de Reais em campanha publicitária para divulgar o surrealista programa “Brasil sem miséria”. Seja lá o que isso for. O Editor
Colégio no Ceará também adota iPads como instrumento de educação Na semana passada, falamos aqui de uma escola em Porto Alegre que adotou o iPad como instrumento de alfabetização de seus alunos. Felizmente, ela não é a única: no Ceará, o Colégio 7 de Setembro está montando um laboratório cheio de tablets da Apple para que os alunos utilizem sua interatividade como recurso didático. Ele estará disponível a partir de junho para os alunos do ensino fundamental. A interatividade e as inúmeras possibilidades de aplicação educacional desse revolucionário tablet ajudarão a tornar o aprendizado uma aventura ainda mais fascinante. Claro, agora resta saber se por trás de tudo isso há a preparação dos professores para que tirem realmente o melhor proveito da tecnologia, ou se tudo não passa somente de um meio de promoção. Para mostrar o poder do iPad como instrumento didático, a Apple realizou um belo vídeo mostrando como ele pode ajudar alunos de vários níveis. Confira: Nossa esperança é que, com os atuais esforços do Governo em baixar as taxas dos tablets, essa realidade seja cada vez mais presente em nossas escolas. 🙂 Onde estão os desenvolvedores brasileiros que até agora pouco investiram em aplicativos educacionais em português, hein? Leia também ->> Em Porto Alegre, crianças são alfabetizadas com a ajuda do iPad Ilex/Blog do Iphone [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]