Um ano sem Humberto Eco
Diversas homenagens lembram 1 ano da morte de Umberto Eco. Escritor italiano faleceu no dia 19 de fevereiro de 2016 A morte de um dos maiores escritores italianos, Umberto Eco, completará 1 ano hoje,19. No entanto, o criador da obra “O nome da Rosa” ainda continua muito presente na Itália. Eco faleceu no dia 19 de fevereiro do ano passado em sua própria residência em Milão. Em celebração ao aniversário de sua morte, diversas homenagens estão sendo realizadas no país. A emissora de TV “Rai” vai exibir um documentário sobre o intelectual, que contará com a participação do jornalista e historiador italiano Paolo Mieli. Nas livrarias, várias obras novas estão sendo lançados sobre o escritor italiano, inclusive seu último livro “Pape Satan Aleppe”, publicado pela editora “I Delfini”. Além disso, personalidades estão relembrando os bons momentos que compartilharam com Eco. O editor Mario Andreose conta sua longa relação – mais de 35 anos de amizade – que manteve com Eco. “Sua severidade e rigor tinham a capacidade de quebrar barreiras e explorar coisas novas”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] “Umberto havia compreendido que estava chegando a multimidialidade através das telas. Ele foi o primeiro a perceber”, afirmou Danco Siger, especialista em meios de comunicação e criador, junto com Eco, do Festival da Comunicação e da Enciclomedia, uma enciclopédia multimídia. Tulio Pericoli, artista e cartunista italiano, durante anos desenhou o rosto de Eco. “Em uma ocasião, Eco me enviou uma carta comentando sobre um desenho que eu havia feito sobre ele”, disse. “No texto, Eco me agradeceu pelo retrato e contou que jamais havia poderia fazer algo tão semelhante com sua escrita. O máximo que poderia fazer era ter um valor de antiguidade, mas somente depois de alguns séculos, depois do Apocalipse”, ressaltou Pericoli. Já Paolo Fabbri, semiólogo e um dos grandes amigos de Eco, lembrou que o italiano “escreveu romances e muitos termos de enciclopédia sobre conceitos que são fundamentais. Ele era capaz de qualquer coisa”, ressaltou. Eco nasceu em Alessandria, no Piemonte, em 5 de janeiro de 1932, e entre os seus maiores sucessos literários estão “O nome da rosa”, de 1980, e “O pêndulo de Foucault”, de 1988. Sua última obra, “Número zero”, foi publicada no ano passado e fala sobre a redação imaginária de um jornal, com fortes referências à história política, jornalística e judiciária da Itália. Antes de morrer, Eco recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim. Ele havia feito duras críticas às redes sociais, dizendo que elas deram o direito à palavra a uma “legião de imbecis”.