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Brasil a Suíça da América Latina

  Enquanto os “Faria Limers” já começaram a fazer as previsões de dólar acima de R$ 5,00 o Economista Robin Brooks, do Instituto de Finanças Internacionais, vem dizendo que o Brasil será a Suíça da América Latina e a Moeda Americana ficará abaixo de R$ 4,50

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USA x BRICS; uma pedra no meio do caminho da NWO.

Estávamos no caminho. Aí os rentistas se uniram aos USA. Em pouco tempo os BRICS se transformou em um novo centro de poder, preparando um comércio sem o papel pintado do dólar como referência, o que evidentemente não agradou os USA. Leiam: Em 1990, os países que compunham o BRICS – Brasil, Rússia, China e África do Sul – respondiam apenas por 25% da produção mundial. Em 2015 respondiam por 56%; representavam 85% da população mundial e controlavam 70% das reservas financeiras mundiais. Somente em 2015, os Brics contribuíram com US$ 2 trilhões ao PIB global, criando efetivamente outra Itália em um ano. Entenderam ou precisa desenhar?

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Irã, Putin e o enterro do dólar

Tapete persa para dólar: te pego na saída!   Recentemente, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, encontrou-se com o presidente Vladimir Putin e explicou ao líder russo como isolar os Estados Unidos. Segundo o líder iraniano, os dois países podem isolar Washington de várias maneiras, inclusive, eliminando o dólar através de sua substituição “por moedas nacionais em transações bilaterais ou multilaterais”. O aiatolá também sublinhou que a cooperação de Moscou e Teerã na Síria mostra que os dois países conseguem “atingir objetivos comuns em situações desafiadoras”.

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Offshores escondem milhões de multinacionais norte-americanas

As 50 maiores empresas dos EUA terão enviado cerca de 1,4 biliões de dólares (1,2 biliões de euros) para paraísos fiscais entre 2008 e 2014. O montante, superior ao Produto Interno Bruto de Espanha, México e Austrália, foi colocado a salvo de tributação através de uma rede secreta de cerca de 1600 sociedades criadas em offshores, afirma a Oxfam. Num relatório divulgado faz hoje uma semana, a organização não-governamental acusa as principais beneficiárias de apoio dos contribuintes norte-americanos de estarem no topo deste opaco esquema, e recorda que, no mesmo período, entre garantias públicas e ajudas federais, as multinacionais em causa receberam do erário público qualquer coisa como 11 biliões de dólares. Aquela evasão fiscal custa às finanças dos EUA aproximadamente 111 mil milhões de dólares, calcula ainda a Oxfam.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] De acordo com a mesma fonte, citada por agências internacionais, a Apple (181 mil milhões de dólares), General Electric (119 mil milhões), Microsoft (108 milhões) e Pfizer (74 mil milhões) encabeçam a lista, mas nela encontram-se igualmente gigantes financeiras como o Bank of America, Citigroup, JPMorgan Chase ou Goldman Sachs, a construtora automóvel Ford e a aeronáutica Boeing, a Exxon-Mobil, a Coca-Cola, a Intel e a IBM. Favorecimento Sublinhando que o fosso entre ricos e pobres tem vindo a agravar-se continuamente nos últimos anos, a Oxfam considera que para tal contribui o facto de os ganhos de crescimento económico não estarem a ser distribuídos por quem cria riqueza. “Não podemos continuar numa situação em que os ricos e poderosos evadem impostos deixando para os restantes o pagamento da factura», frisou o principal consultor fiscal da organização, Robbie Silverman.” Nos EUA, as 50 maiores empresas suportaram apenas, entre 2008 e 2014, um bilião de dólares em impostos, tendo sido favorecidas por uma taxa média 8,5 pontos percentuais inferiores à taxa legal, e tendo recebido 337 milhões de dólares em incentivos fiscais. A Oxfam alerta, porém, que este não é um cenário exclusivo das companhias sediadas em território norte-americano, mas, antes, generalizado e extensível a cerca de 90 por cento das grandes empresas mundiais, estima a ONG, para quem o prejuízo causado em países pobres custa 100 mil milhões de dólares em receitas tributárias por ano. Osvaldo Bertolino

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O mundo chacoalha e nós caímos

Com poder moderado de reverberação (por enquanto) as dúvidas com relação à economia internacional inflaram um bocado nos últimos dias. Até então, a China monopolizava os receios com a ameaça de um menor crescimento de sua economia. O preço do petróleo corria por fora, caindo ao menor nível da década e incitando os grandes produtores a fecharem suas bombas para equilibrar a oferta no mercado internacional. De repente os bancos europeus entraram na roda evidenciando o enfraquecimento persistente das economias da zona do euro depois da crise de 2008/09. Desta vez, diferentemente do que aconteceu na quebradeira de oito anos atrás, o problema não é a exposição aos títulos podres que inundavam o mercado à época. Agora, é o baixo crescimento aliado à taxa de juros negativa e baixíssimo apetite por consumo que coloca os bancos na linha de tiro dos investidores.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Banco ganha dinheiro emprestando dinheiro. Com o atual nível de juros na zona do euro e sem crescimento das concessões de crédito, a margem de lucro dos bancos cai. Se fosse só isso, tudo bem. O que o investidor mais teme, e por isso está derrubando o preço das ações de instituições europeias, é quanto a retaguarda protetora do sistema. Até agora, o Banco Central Europeu e os governos de cada país estavam bancando (literalmente) os riscos e perdas dos grandes bancos. Mas este caixa parece ter acabado. Antes de virar uma crise de fato, a chacoalhada atual testa níveis de confiança, de eficiência das políticas econômicas e de fôlego da administração pública europeia em lidar com a letargia dos países do continente. O chato é que esse teste pode custar caro e adiar aquela recuperação e estabilidade esperadas pelo menos para os mais ricos. Caso até dos Estados Unidos – lá, a presidente do banco central americano (FED, Janet Yellen), corroborou a percepção de risco e alertou que a maior economia do mundo pode sentir o baque do cenário atual e suspender a trajetória de crescimento e normalização das estratégias financeiras adotadas desde 2008 – adiando também uma nova alta dos juros dos EUA e um fortalecimento do dólar. Enquanto o mundo chacoalha, o Brasil tomba. O mercado financeiro local segue o fluxo internacional: Bovespa cai, dólar sobe. Numa interpretação mais realista é possível dizer que o país já tombou há um tempo e agora pode ser atropelado pela boiada solta lá fora. Na prática deveremos sentir dois efeitos diferentes pelo mesmo motivo. O dólar, apesar de ter subido nesta quinta-feira (11), deve assumir uma trajetória de desvalorização no curto prazo. Com o dólar mais barato, diminui a pressão sobre a inflação brasileira. Por outro lado, a queda no preço da moeda americana enfraquece as exportações – uma das únicas fontes de manutenção da atividade na economia doméstica. Sem contar que, se o mundo crescer menos, quem vai comprar mais de nós? Ainda é impossível prever se este será um novo ciclo negativo para a economia internacional ou apenas uma fase de adaptação ao mundo novo pós-crise de 2008. Qual seja, um mundo com menos dinheiro no bolso e pouca coragem para gastar. Se eles lá estão com a carteira mais magra, aqui no Brasil nem carteira carregamos mais – o desemprego e a inflação levaram tudo. por Thais Herédia/G1

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Bolsas da China sofrem baque com novas preocupações sobre a economia

A Bolsa de Xangai encerrou o pregão desta sexta-feira (15) com uma queda de 3,6%, aos 2.900,97 pontos, chegando ao menor nível em quase cinco meses. “As oportunidades não têm precedentes, mas os desafios também não”, disse o responsável máximo pelos negócios estrangeiros do gigante asiático nesta quinta-feira O mercado, com perdas acumuladas de 20,6% desde a máxima de dezembro, entrou no chamado “território baixista”. Em Shenzhen, o índice local caiu 3,4%, a 1.796,13 pontos. O movimento foi motivado por indicadores de crédito que frustraram o mercado e também com a notícia, do jornal chinês International Finance News, de que bancos do gigante asiático estariam negando ações de empresas como garantia para empréstimos. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] De acordo com números do Banco do Povo da China (PBoC, o Banco Central chinês), os bancos do país liberaram 597,8 bilhões de yuans (US$ 90,7 bilhões) em empréstimos em dezembro do ano passado, contra os 708,9 bilhões de yuans de novembro. Analistas contavam com um resultado bem melhor, em torno dos 700 bilhões de yuans. Nas bolsas asiáticas, também houve baixas. No Japão, o Nikkei fechou com queda de 0,54%, aos 17.147,11. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,50%, aos 19.520,77 pontos. Em Seul, o índice Kospi se desvalorizou 1,11%, aos 1.878,87 pontos. Em Sydney, o S&P/ASX 200 teve queda de 0,34%, a 4.892,80 pontos. Em Manila, contudo, o PSEi teve alta de 0,64%, a 6.449,50 pontos. O conselheiro de Estado da China Yang Jiechi alertou nesta quinta-feira (14) para a possibilidade de uma nova crise financeira global. “Não é possível descartar por completo a possibilidade de vermos acontecer uma nova crise econômica, e o problema não devia ser negligenciado”, destacou em evento. >> Conselheiro de Estado da China diz que mundo pode enfrentar nova crise O índice de Xangai tinha registrado alta de quase 2% nesta quinta-feira, enquanto as bolsas asiáticas tiveram recuo, afetadas pela desvalorização em Wall Street em meio a temores em relação à economia global, e também pelas baixas na cotação do petróleo. Um dia antes, havia sido registrado um movimento contrário, uma queda superior a 2% nas bolsas chinesas e alta em torno de 1% nas asiáticas. JB

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Empresa jogaram na bolsa. O que o governo tem a ver com isso?

Até Zé Bêdêu, o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira, em Fortaleza – a angelical criatura acredita até que o Merval Pereira escreve literatura – sabia que o dólar iria subir. Já as grandes empresas na Taba dos Tupiniquins, cevadas de consultores e assessores, nem imaginavam tal possibilidade. Né? Não será surpresa se o BNDES, a grande mãe, ou o grande “filho da mãe” irá socorrer esses “desvalidos”, inclusas aí as empreiteiras que estão encalacradas nas tendas do Kadafi. Existe uma maneira de se ganhar dinheiro honestamente. Chama-se trabalho, e não especulando na jogatina das Bolsas de Valores, e quando o buraco aparecer ir mamar nas tetas, sempre generosas para empresários, do governo. Esse filme já foi visto. O Editor Grandes empresas apostaram errado no mercado futuro. Por que o governo tem de socorrê-las? O que o governo tem a ver com isso? Alguns economistas e jornalistas parecem não ter o que fazer. A grande preocupação deles agora é com as dívidas das megaempresas que fizeram empréstimos no exterior e com as também megaempresas exportadoras que apostaram errado no dólar futuro e tomarão prejuízos com a alta da cotação. A escalada na cotação do dólar nas últimas semanas realmente foi impressionante. A moeda americana avançou 14,81% desde 31 de agosto, para R$ 1,829 na sexta-feira passada, após bater R$ 1,963 na máxima de quinta-feira. Pegou desprevenidos alguns exportadores brasileiros mais expostos ao risco cambial. Os balanços de oito das maiores exportadoras mostram que o avanço do câmbio para uma faixa de R$1,95 a R$ 2,08 cria um risco de perdas cambiais de R$ 2,15 bilhões para essas companhias. Este valor considera operações com derivativos cambiais (contratos da moeda no mercado futuro), dívidas em moeda estrangeira e outras exposições. Num cenário mais dramático, com a moeda cotada entre R$ 2,40 e R$ 2,50 frente ao real, o retrato ficaria mais preocupante, com perdas possíveis de R$ 4,2 bilhões. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Surge aí a inquietante indagação: o que o governo e a equipe econômica têm a ver com isso? Na verdade, as operações com derivativos cambiais são um jogo como qualquer outro. Você aposta, por exemplo, se o preço da carne vai subir ou não, se o dólar vai subir ou não, e assim por diante. É exatamente como jogar na Bolsa de Valores. Na crise financeira de 2008, houve os episódios de Aracruz, Sadia e Votorantim, que, juntas, perderam R$ 5 bilhões e quase quebraram por causa de apostas erradas no mercado de derivativos (câmbio no mercado futuro). Mas quem mandou elas apostarem nesse mercado imponderável? Por que não preferiram investimentos mais sólidos e garantidos, como os títulos do próprio governo, que pagam hoje 12% ao ano, nada mal? Além disso, por que o governo tem de se preocupar com essas grandes corporações exportadoras e lutar para fazer descer o dólar, se até o mês passado fazia exatamente o contrário, comprando dólares sem parar, a pretexto de salvar essas mesmas empresas exportadoras. Quem entende uma política econômica como essa, criada para favorecer as grandes empresas e deixar o povo no esquecimento? É realmente desanimador. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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Economia: A Suíça vai à guerra

Livre das esquerdas, o capitalismo voltou a mostrar a sua vocação anti-social a partir do momento em que os regimes ortodoxos de esquerda ruíram. A democracia capitalista entende a democracia clássica somente como uma ferramenta para produzir processos de acumulação de capital, e nos rastro de especulação. Quando necessário, o capitalismo apátrida, reduz a democracia à irrelevância e, se encontrar outro instrumento mais eficiente, dispensa-a, o que está acontecendo agora na China. Guetos capitalistas no país dos mandarins ofuscam a percepção de que o “império amarelo” continua uma ditadura cruel e sanguinária, havendo apenas a troca de mandarins por uma “nomenklatura” encastelada no poder. O Editor O Banco Nacional da Suíça (banco central) vai agora enfrentar o poderio de fogo de um mercado global de moeda que movimenta, por dia, nada menos que US$ 4 trilhões. As autoridades suíças não mostram complexo de inferioridade. Avisaram que estão em condições de comprar volumes ilimitados de moeda estrangeira que se meta a testar sua disposição de manter uma situação inegavelmente artificial. Antes de continuar, vamos aos fatos. A pequenina Suíça vinha sendo uma das maiores vítimas daquilo que, em setembro do ano passado, o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, denunciara como guerra cambial. Os bancos centrais das duas maiores moedas do mundo, o dólar e o euro, estão empenhados em derrubar o valor de suas moedas para garantir mais exportações e aumento do emprego. Além de manter os juros a níveis próximos de zero por cento – os mais baixos da história -, vêm emitindo moeda com objetivo de recomprar títulos emitidos pelos tesouros nacionais. A sobra enorme de recursos vai sendo empurrada para cima de três economias: Japão, Suíça e Brasil, seguindo motivações distintas. O iene japonês e o franco suíço estão sendo procurados como porto seguro (reserva de valor), na condição de defesa contra a desvalorização das outras moedas fortes. O real do Brasil está sendo procurado como fonte de renda, na medida em que os juros por aqui seguem entre os mais altos do mundo. Somente neste ano, o franco suíço se valorizou 17% diante do euro. A principal consequência foi o encarecimento (nas outras moedas) de todo produto ou serviço produzido na Suíça. Com isso, a indústria, a rede de hotelaria e os bancos vinham sangrando nos seus resultados. A decisão tomada terça-feira foi colocar o piso de 1,20 franco suíço por euro na troca de moedas no seu câmbio. O novo compromisso prático do banco central suíço é comprar toda a moeda estrangeira cuja oferta no câmbio suíço provoque cotação mais baixa do que essa aí, de 1,20 franco por euro. Na prática, o Banco Nacional da Suíça estará emitindo francos para enfrentar a farta entrada de capitais em seu mercado de câmbio. As compras de moeda estrangeira implicam crescimento das reservas que hoje são de US$ 151,2 bilhões. Em situações normais, a defesa de um câmbio fixo por um banco central é quase sempre batalha perdida a longo prazo. Em 1992, por exemplo, um único grande especulador global, o húngaro George Soros, investiu US$ 10 bilhões na desvalorização da libra esterlina e levou o Banco da Inglaterra (banco central) à capitulação. Aparentemente, as autoridades monetárias da Suíça estão levando em conta que os francos suíços comprados pelo resto do mundo não ficarão circulando no mercado, mas permanecerão entesourados, na medida em que são procurados como reserva de valor. Por isso, apostam em que não produzirão inflação. Duas consequências imediatas parecem inevitáveis: (1) se a operação suíça for bem-sucedida, é provável que o Japão e os países nórdicos também tentem fixar o valor de suas moedas; e (2) se Suíça, Japão e outros países forem bem-sucedidos nesse regime de câmbio fixo, mais moeda estrangeira tomará o rumo do Brasil. Celso Ming/O Estado de S.Paulo

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Economia: Estado Unidos preparam plano para o calote

O mais elementar conhecedor de macroeconomia sabe que se o grande chefe Obama declarar que acima do Rio Grande haverá um calote nas contas externas, será uma hecatombe ‘tisunâmica’ na economia globalizada. Um efeito dominó, talvez, semelhante ao ‘crack’ da bolsa de 1929. A escola de Chicago saliente-se, a maior fábrica de prêmios Nobel de economia, por décadas desfila o mantra de que “não adianta honrar os pagamentos dos ‘treasuries‘ se não puder emitir mais dívida”. A equação é simples: “A receita do governo federal dos EUA projetada para agosto de 2011 é de US$ 172 bilhões;  as despesas previstas são de US$ 307 bilhões.” A conta não fecha. Nem usando os “mariners”. Fonte: http://www.treasurydirect.gov/govt/reports/ir/ir_expense.htm Será isso o início do declínio americano? De qualquer forma, os Tupiniquins devem colocar as tangas de molho. Estamos, no Brasil, encantados em um período de gastança desenfreada. A conta haverá de chegar. Economistas de fora do governo alertam para a necessidade de impor limites fiscais ou em breve chegaremos à situação na qual o Tio Sam agora se encontra. O Editor EUA preparam plano para o caso de calote, diz ‘WSJ’ Uma reportagem do “Wall Street Journal” afirma que o governo dos Estados Unidos prepara-se para informar a população sobre quem terá prioridade para receber dinheiro público caso não seja aprovado aumento do teto de endividamento do país. Diversos grupos, de detentores de títulos da dívida a aposentados, fazem pressão para que o governo divulgue, antes do dia 2 de agosto, seus planos para o caso de calote. Executivos de Wall Street acreditam que os credores dos EUA terão prioridade para recebimento do dinheiro, em detrimento de aposentados e pensionistas. “Isso evitaria que o país ficasse inadimplente em seus títulos de dívida – algo que até a Grécia conseguiu evitar”, afirma o jornal. Por outro lado, tal situação provocaria “ira” em parte da população, que entraria com ações judiciais contra o governo, gerando instabilidade política e incertezas nos mercados.[ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda] Quem vai ficar sem? Dados publicados no “Journal” dão uma ideia do quão difícil será para o governo escolher quais serão as vítimas diretas de um possível calote. A receita do governo federal dos EUA projetada para agosto é de US$ 172 bilhões; no entanto, as despesas previstas são de US$ 307 bilhões. Só na área de saúde, os gastos estimados dos sistemas Medicare e Medicaid são de US$ 50 bilhões no mês; o pagamento de juros projetado é de US$ 29 bilhões. Ou seja, mesmo se o governo cortasse metade do dinheiro para esses sistemas de saúde não teria como pagar totalmente os juros. Teria que reduzir também, por exemplo, despesas com defesa (que devem custar US$ 31,7 bilhões ao país em agosto, na projeção atual) ou auxílio a desempregados (US$ 12,8 bilhões). Sílvio Guedes Crespo/O Estado de S.Paulo

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