Arquivo

Fake news é uma pratica na ciência da desinformação

O que é fact-checking? Nessa animação, o pessoal da Agência Pública explica a importância da checagem de informações em meio ao aumento de notícias falsas na rede. O fact-checking é uma checagem de fatos, isto é, um confrontamento de histórias com dados, pesquisas e registros.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Se um político jura que nunca foi acusado de corrupção, há registros judiciais que irão atestar se é verdade. Se o governo diz que a inflação diminuiu, é preciso checar nos índices se isso realmente ocorreu. E se uma corrente diz que há um projeto de lei para cancelar as eleições, é preciso conferir nas propostas em tramitação se essa informação é real. O fact-checking é uma forma de qualificar o debate público por meio da apuração jornalística. De checar qual é o grau de verdade das informações. Reportagens do Buzzfeed e do The Guardian, por exemplo, mostraram que boa parte do conteúdo compartilhado na internet durante as últimas eleições nos Estados Unidos vieram de sites de notícias falsas. Situação semelhante aconteceu no Brasil na semana do impeachment de Dilma Rousseff. Saiba mais sobre o que é checagem na animação a seguir. A Agência Pública mantém um projeto de fact-checking, o Truco, desde 2014, com o objetivo de verificar frases de políticos e personalidades. Com isso, qualifica-se o debate público e aprimora-se a democracia. Sugestões de checagens podem ser enviadas para o nosso WhatsApp: (11) 96488-5119 ou para o e-mail truco@apublica.org. O fact-checking é uma checagem de fatos, isto é, um confrontamento de histórias com dados, pesquisas e registros. Se um político jura que nunca foi acusado de corrupção, há registros judiciais que irão atestar se é verdade. Se o governo diz que a inflação diminuiu, é preciso checar nos índices se isso realmente ocorreu. E se uma corrente diz que há um projeto de lei para cancelar as eleições, é preciso conferir nas propostas em tramitação se essa informação é real. O fact-checking é uma forma de qualificar o debate público por meio da apuração jornalística. De checar qual é o grau de verdade das informações. Reportagens do Buzzfeed e do The Guardian, por exemplo, mostraram que boa parte do conteúdo compartilhado na internet durante as últimas eleições nos Estados Unidos vieram de sites de notícias falsas. Situação semelhante aconteceu no Brasil na semana do impeachment de Dilma Rousseff. Saiba mais sobre o que é checagem na animação a seguir.   A Agência Pública mantém um projeto de fact-checking, o Truco, desde 2014, com o objetivo de verificar frases de políticos e personalidades. Com isso, qualifica-se o debate público e aprimora-se a democracia. Sugestões de checagens podem ser enviadas para o nosso WhatsApp: (11) 96488-5119 ou para o e-mail truco@apublica.org.

Leia mais »

Manipulação: A TV como fator de desinformação

Televisão e Manipulação Informativa Por Francisco Julio Xavier* Estamos vivendo a era do desespero. Gritam por socorro os noticiários, desesperados – essa é a palavra, estão a sombra do desastre – por sucumbirem depois de uma era em que os meios tradicionais de comunicação reinaram no cenário midiático. Pode parecer uma teoria negativista, mas não é; seria positivista – creiamos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Tem se tornado um constante drama para meios hegemônicos a queda em receita vindo da publicidade, causa maior, devido ao seu enfraquecimento em audiência e alcance de público, que agora não tem apenas o controle remoto, mas a vastidão das redes sociais e da internet como toda. Algo que podemos constatar é a luta diária travada pelos meios em reverter essa situação de distanciamento do público para a internet. Uns se preparam para esse novo cenário e tentam a convergência, mesmo que tímida. Outros abrem espaço amplo para as pautas oriundas da rede – em massa, das mídias sociais. Dada a carência de audiência, cada vez mais visível, a hora de reverter a nova onda está se deslanchando em desespero nítido e ridículo. A televisão tenta, a todo custo, destruir a nossa inteligência, já que não consegue combater a nossa migração para a rede mundial de computadores. Vem sendo postas em prática, diariamente, formas de barrar o nosso distanciamento do meio hegemônico de décadas, a televisão. Querem que coloquemos novamente em destaque na nossa sala, aquele aparelho receptor que escabrosamente consentíamos doses cavalares de manipulação diária em nossas residências. Barrando a concorrência Para maior desespero, não foi somente o público que migrou, mas também os anunciantes, para os quais existe a expectativa de investimento em publicidade nos meios eletrônicos, ainda nesta década, de US$ 500 bilhões por ano – como afirma relatório da WFA (World Federation of Advertisers), publicado no Financial Times. Em reportagem, O Globo deu destaque para as fraudes do Google, pelo qual, em anúncios feitos na grande rede mundial, empresas poderiam perder em média 10% para os fraudadores de visualizações. Com esse enfoque na reportagem, a artimanha tenta desestimular os empresários em anunciar em concorrentes indiretos da TV, o YouTube e similares. Mas de igual forma, indícios de falcatrua também são apontadas para empresas que avaliam a audiência na TV, deixando margem e passividade para fraudes. Além do mais, está cada vez improvável saber se o público-alvo está sendo impactado com a propaganda veiculada em televisão, tendo em vista que os telespectadores não estão sendo empolgados a continuar assistindo aos intervalos comerciais. Com a multiplicidade de telas (celulares, tablets e desktops), o telespectador tende a fugir, nos reclames da TV, para atividades que acha ser mais interessante e menos maçante – como ver postagens em redes sociais – do que ver anúncios e publicidade na velha mídia. Recentemente quiseram jogar a contragosto da população a lei que autoriza o limite de uso de internet no país. Para a Rede Globo de Televisão foi uma oportunidade de defesa – não da população e dos seus diretos, mas dos empresários, ou melhor, dos anunciantes. Em reportagem do dia 24 de abril, o Fantástico desenhou que estamos mesmo à mercê da manipulação e dos grandes interesses empresariais e políticos. O programa dominical vendeu na reportagem que, nós, consumidores de internet, estamos abusando no uso, ou seja, gerando desperdício. Faltou nas entrelinhas o informe que a reportagem era encomenda em acordo de livre comércio pelas empresas de telecomunicações do país. Insistimos que faltou informar esse detalhe na matéria veiculada. Não se dá crédito à crise política A população virou ré na questão, por assistir vídeos demais; ver postagens demais em redes sociais. Como sempre, defendeu o lado dos anunciantes. Pelo título já dava para saber: “Internet fixa ilimitada pode estar com os dias contados no Brasil”. Com isso, o maior grupo de comunicação do país passou a informação curta e grossa: estamos do lado dos lucros e contando os dias para que isso aconteça de fato, e deu o veredito: corte a internet, ganharemos ambos com isso. Com essa tática, a Globo ganharia de duas formas: anunciantes voltariam a atuar na TV – por cair o acesso em horas diárias dos consumidores na internet; e da volta dos internautas para a frente da TV – ganharia mais horas de público assistindo o grotesco da programação. O que constatamos nessa reportagem é que a mídia não está preocupada em garantir direitos, mas em retirá-los – quando isso ameaça seus interesses mesquinhos: o lucro desenfreado e abusivo. Sentimos reféns de uma jogatina em prol da receita particular. Não houve na reportagem um detalhamento de como o consumo de dados impactaria a receita das empresas de telecomunicações. Apenas repassaram a culpa para os usuários e a conta também. Em nenhum momento se preocuparam em informar que o acesso à internet é um direito básico nos dias de hoje, tendo em vista que a comunicação flui mais descentralizada e que foi garantida pelo Marco Civil da internet. O poder da rede causa desespero nos empresários e políticos. Chegaram a defender a restrição a filmes e séries através de plataformas, como é o caso da Netflix. O péssimo serviço prestado pelas operadoras (entre os 10 piores do mundo) não é relatado, nem levado em consideração, mas os lucros são lembrados sem demora para o raciocínio do grande público. Apenas basta a fala: somos nós, os usuários, os culpados. Não é só essa questão que é distorcida nesse jogo de cartas marcadas. Para demostrar que não estamos no caminho certo, que a economia está em profundo desastre, não se dá os devidos créditos a outra crise, a política, que tem feito arruaça no país. Uma nota brevíssima e a desculpa Mas, bem antes, quando o rumo era destruir um governo, fez-se em seus noticiários o Brasil idealizado como uma “nova Grécia”, prestes a dar o calote e a se afundar no rio de amarguras da economia. Muitas notícias bombas eram jogadas nos jornais, e de mesmo modo eram escondidos os reais

Leia mais »