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Delação de Marcos Valério deve atingir Aécio Neves e Clésio Andrade

A delação premiada de Marcos Valério deve atingir o senador tucano Aécio Neves e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG). O foco do acordo de Valério é a delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral, em que ele acusou Aécio de pedir mais prazo, na CPI dos Correios, para que fossem entregues as informações do Banco Rural para maquiar documentos. Aécio Neves teria dito, na sede do governo de Minas Gerais, que o tempo extra foi uma estratégia para “maquiar” os dados do Banco Rural que “atingiriam em cheio as pessoas de Aécio Neves e Clésio Andrade, governador e vice-governador de Minas Gerais (na época)”. Marcos Valério, que já passou três anos preso, espera obter o semi-aberto ou o direito à prisão domiciliar. JB [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Futuro governo Temer na mira da Lava Jato

Investida do procurador-geral, que pediu investigação da cúpula do PMDB e de Aécio Neves, indica potencial da Lava Jato para atormentar partido, no momento que costura acordo com senador tucano. Temer, Renan e Aécio em Brasília: delação do senador Delcídio Amaral começou a gerar primeiros efeitos legais Com a cúpula do PMDB e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na mira, a nova investida do procurador-geral Rodrigo Janot parece indicar que a Lava Jato tem potencial para atormentar um futuro governo Michel Temer – de forma semelhante ao que ocorreu com a presidente Dilma Rousseff. A delação premiada do senador Delcídio Amaral começou a gerar os primeiros efeitos legais e criou uma nova “lista de Janot”. Nos últimos dois dias, a Procuradoria-Geral da República enviou ao Supremo um pacote de pedidos de investigação que tem como base as acusações do ex-petista.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Os pedidos afetam tanto Dilma e o ex-presidente Lula quanto figuras da oposição, como Aécio e políticos do PMDB cotados para postos em um eventual governo Temer. Quatro nomes do partido no Senado foram incluídos no pacote: Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Waldir Raupp (RO) e Romero Jucá (RR) – o último é um homem forte de Temer e está sendo considerado para assumir o Ministério do Planejamento. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), outro aliado de Temer, também apareceu mais uma vez entre os investigados. LEIA MAIS Com ou sem Dilma: os maiores desafios da economia brasileira Dilma suaviza discurso, mas ofensiva internacional faz Temer reagir PGR pede autorização para investigar Aécio e cúpula do PMDB Já Aécio é o principal nome do PSDB que tem atuado como fiador da participação do seu partido no governo do vice. O pedido de investigação contra o senador é o primeiro no âmbito da Lava Jato. Horas depois da divulgação do pedido contra o Senador, o PSDB se reuniu para discutir a aprovação de uma lista de 15 medidas a ser entregue a Temer para condicionar a adesão. Entre elas está um pedido para que o governo Temer conceda “apoio irrestrito ao combate à corrupção” e à Lava Jato. Em sua delação, Delcídio acusou Aécio de ser um dos políticos beneficiados em um esquema de corrupção em Furnas, semelhante ao que funcionava na Petrobras. A imagem de Aécio tem sofrido desgaste desde o fim do ano passado, quando começaram a ser divulgadas acusações contra ele. Isso tem se refletido no seu potencial eleitoral. Em dezembro, pesquisa Datafolha apontava que ele tinha 27% das intenções de voto para presidente. Na última, divulgada em abril, ele caiu para 17%. No mesmo dia em que divulgou os pedidos, Janot também defendeu junto ao STF uma investigação aprofundada da superplanilha da Odebrecht, em que constam os nomes de mais de 200 políticos de 24 siglas ao lado de valores – entre eles estão nomes do PMDB e de siglas médias, que também negociam uma adesão ao eventual governo do vice. Em um documento de 101 páginas, Janot disse que a lista está “relacionada a dezenas de políticos que, supostamente, teriam recebido propina da Odebrecht, ao longo de tempo não determinado”. Por enquanto, Michel Temer tem sido poupado pessoalmente nos pedidos, embora seu nome também tenha sido citado por Delcídio na delação. Nesta terça-feira, o jornal O Globo informou que o procurador avaliou que não havia elementos suficientes na delação para sustentar um pedido específico de investigação contra o vice. Dilma e Lula Já Lula e Dilma foram incluídos em uma segunda leva de pedidos, divulgada nesta terça-feira (03/05) pela imprensa brasileira. A nova leva também inclui o ministro da Educação, Aloysio Mercadante e Marcelo Navarro, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A abertura dos pedidos ainda depende de autorização do relator da Lava Jato, o ministro Teori Zavascki. Oficialmente, a PGR não confirma nem nega a existência dos pedidos, já que eles foram classificados como ocultos. No caso de Dilma, segundo informa o jornal Folha de S.Paulo, pesa a acusação de Delcídio de que ela nomeou Navarro para o tribunal com a intenção de livrar da prisão empreiteiros presos na Lava Jato. Os procuradores também suspeitam que Dilma tenha convidado Lula para assumir a pasta da Casa Civil com o objetivo de blindá-lo (com foro privilegiado, ele estaria fora da alçada do juiz Sérgio Moro), o que pode caracterizar tanto obstrução como desvio de finalidade. Contra Lula também pesa a suspeita que sua nomeação tinha como objetivo obstruir o trabalho da Justiça. O caso de Mercadante também está relacionado a Delcídio. A PGR suspeita que teria agido para tentar evitar a delação do senador com ofertas de ajuda financeira e atuação junto ao Supremo. Outros dois petistas, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) e o deputado federal Marco Maia (RS), foram incluídos no pacote de investigações divulgado na segunda-feira.

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Delcídio do Amaral: Senadores articulam adiar julgamento indefinidamente

O Congresso nacional, mais precisamente o Senado dessa infelicitada República, sob a presidência do “ínclito” Renan Calheiros, continua empregando todo o fazer corrupto para conduzir o Brasil para além do fundo do poço! Assim, fazem uma demonstração que estão todos com o “rabo preso”, conforme ameaçou o senador petista. José Mesquita Parlamentares deixarão decisão sobre senador petista para o STF Estratégia recomendada por outros senadores é não entrar em conflito com quem irá julgá-lo. A licença médica de Delcídio do Amaral (PT-MS) caiu bem para os senadores, que já articulam adiar indefinidamente o julgamento do parlamentar petista no Conselho de Ética do Senado. Sem a presença de Delcídio no Congresso Nacional, que pode adiar a licença quantas vezes achar necessário, seu processo fica parado.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O entendimento é que o Supremo Tribunal Federal (STF) mandou prender Delcídio e o Senado endossou, autorizando a ordem. Na semana passada, o mesmo Supremo determinou a soltura do senador. Caberia, agora, ao Supremo, e não ao Senado, julgar o parlamentar que foi preso e solto por ordem da Corte. Enquanto o julgamento não vem, Delcídio seguirá o conselho de alguns senadores: vai adotar o estilo Jader Barbalho quando retornou ao Senado, depois de renunciar ao mandato. A avaliação é que a submersão faz parte da estratégia. O petista vai evitar exposição pública e confronto com quem decidirá o seu futuro. Nesta quarta-feira (24), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nomeia o senador Gladson Cameli (PP-AC) para a Corregedoria. Entre as atribuições do cargo, que estava vago, está opinar nos casos de cassação de mandato e realizar sindicâncias sobre denúncias de ilegalidades envolvendo parlamentares.  

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Cerveró indica propina de US$ 100 mi no governo FHC

Ex-diretor de Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró garantiu a investigadores da Operação Lava Jato que a compra do conglomerado de energia argentino Pérez Companc (PeCom) pela Petrobras em julho de 2002, por US$ 1,02 bilhão, “envolveu uma propina ao governo FHC de US$ 100 milhões”.  Cerveró atribuiu as informações a diretores da Perez Companc e a Oscar Vicente, executivo argentino que presidia a empresa. A declaração, citada em reportagem do jornal Valor, foi feita antes do acordo de delação premiada do ex-diretor com a PGR, e está em documento apreendido no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em novembro do ano passado. A Polícia Federal (PF) investiga como ele teve acesso ao material secreto da investigação. Compra de empresa argentina pela Petrobras em 2002 “envolveu uma propina ao governo FHC” Cerveró não esclarece no documento, contudo, quais integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso receberam propina. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Delcídio, filiado ao PSDB antes de entrar para o PT, foi diretor de Gás e Energia da Petrobras de 2000 a 2001 e chefe de Cerveró. Ele é acusado de obstruir a delação premiada do ex-subordinado e está preso. Em depoimento, Delcídio informou que assumiu o cargo na estatal “a convite do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso”, passado a ele por Rodolpho Tourinho, na época à frente do Ministério de Minas e Energia e presidente do conselho de administração da empresa de petróleo. Tourinho, morto em 2015, era cota do PFL (agora Democratas) na Petrobras. O partido integrava a base aliada do governo Fernando Henrique. Em nota, Fernando Henrique Cardoso disse que as afirmações são “vagas” e que, “sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”. Histórico A compra do grupo argentino Pérez Companc por US$ 1,1 bilhão gerou grande polêmica na ocasião. Ela foi anunciada em julho de 2002, no segundo semestre do último ano do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Analistas criticavam a negociação, já que a Argentina passava por profunda crise econômica e estava prestes a desvalorizar sua moeda e a dar o calote nos seus títulos externos. Na ocasião da negociação, a Petrobras tinha como presidente Francisco Gros, que defendia a negociação, apesar de a  Petrobras assumir dívidas de US$ 2,2 bilhões da empresa pertencente ao bilionário Gregório Pérez Companc. O mercado reagiu de forma negativa. A Perez Companc era a empresa mais endividada do setor de petróleo em todo o mundo. Seu passivo representava 73% do patrimônio. Na Petrobras, a taxa, que era de 33%, passou para 42% depois da aquisição, enquanto a média mundial era de 25%. Além disso, no primeiro trimestre de 2002, a empresa argentina havia registrado um prejuízo de US$ 309 milhões. Com isso, a companhia estava sendo pressionada pelos credores a reestruturar sua dívida no curto prazo de US$ 1,2 bilhão. As ações da Petrobras desabaram e o valor da estatal encolheu em US$ 1,9 bilhão, mais do que o US$ 1,1 bilhão que estava sendo pago aos Pérez Companc. Na época, apenas um profissional da área de petróleo elogiou a operação: o ex-genro de FHC, David Zylbersztajn, que comandava a Agência Nacional do Petróleo. “Foi uma bela jogada da Petrobras. Se ela não comprasse, outra compraria, e uma excelente oportunidade de negócio seria perdida”, afirmou. >> Os filhos, os genros e os negócios Fonte:JB

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Petrobras e Fernando Henrique Cardoso

Do site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) Para refrescar a memória dos entusiastas da CPI da Petrobras – eu acho necessário que a CPI seja instalada –  o presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras), Fernando Leite Siqueira, selecionou dez estragos produzidos pelo Governo FHC no Sistema Petrobrás, que seguem: 1993 – Como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso fez um corte de 52% no orçamento da Petrobrás previsto para o ano de 1994, sem nenhuma fundamentação ou justificativa técnica. Ele teria inviabilizado a empresa se não tivesse estourado o escândalo do orçamento, envolvendo vários parlamentares apelidados de `anões do orçamento`, no Congresso Nacional, assunto que desviou a atenção do País, fazendo com que se esquecessem da Petrobrás. Todavia, isto causou um atraso de cerca de 6 meses na programação da empresa, que teve de mobilizar as suas melhores equipes para rever e repriorizar os projetos integrantes daquele orçamento; 1994 – ainda como ministro da Fazenda, com a ajuda do diretor do Departamento Nacional dos Combustíveis, manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo, de forma que, nos 6 últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobrás teve aumentos mensais na sua parcela dos combustíveis em valores 8% abaixo da inflação. Por outro lado, o cartel internacional das distribuidoras derivados teve aumentos de 32%, acima da inflação, nas suas parcelas. Isto significou uma transferência anual, permanente, de cerca de US$ 3 bilhões do faturamento da Petrobrás, para o cartel dessas distribuidoras. A forma de fazer isto foi através dos 2 aumentos mensais que eram concedidos aos derivados, pelo fato de a Petrobrás comprar o petróleo em dólares, no exterior, e vender no mercado em moeda nacional. Havia uma inflação alta e uma desvalorização diária da nossa moeda. Os dois aumentos repunham parte das perdas que a Petrobrás sofria devido a essa desvalorização. Mais incrível: a Petrobrás vendia os derivados para o cartel e este, além de pagá-la só 30 a 50 dias depois, ainda aplicava esses valores e o valor dos tributos retidos para posterior repasse ao tesouro no mercado financeiro, obtendo daí vultosos ganhos financeiros em face da inflação galopante então presente. Quando o plano Real começou a ser implantado com o objetivo de acabar com a inflação, o cartel reivindicou uma parcela maior nos aumentos porque iria perder aquele duplo e absurdo lucro.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] 1995 – Em fevereiro, já como presidente, FHC proibiu a ida de funcionários de estatais ao Congresso Nacional para prestar informações aos parlamentares e ajudá-los a exercer seus mandatos com respaldo de informações corretas. Assim, os parlamentares ficaram reféns das manipulações da imprensa comprometida. As informações dadas aos parlamentares no governo de Itamar Franco, como dito acima, haviam impedido a revisão com um claro viés neoliberal da Constituição Federal. Emitiu um decreto, 1403/95 que instituía um órgão de inteligência, o SIAL, Serviço de Informação e apoio Legislativo, com o objetivo de espionar os funcionários de estatais que fossem a Brasília falar com parlamentares. Se descobertos, seriam demitidos. Assim, tendo tempo para me aposentar, solicitei a aposentadoria e fui para Brasília por conta da Associação. Tendo recursos bem menores que a Petrobrás (que, no governo Itamar Franco enviava 15 empregados semanalmente ao Congresso), eu só podia levar mais um aposentado para ajudar no contato com os parlamentares. Um dos nossos dirigentes, Argemiro Pertence, mudou-se para Brasília, às suas expensas, para ajudar nesse trabalho; Também em 1995, FHC deflagrou o contrato e a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato que a Petrobrás assinou em sua história. FHC, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, funcionou como lobista em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Este fato, mais tarde, acarretaria o `apagão` no setor elétrico brasileiro. As empresas estrangeiras, comandadas pela Enron e Repsol, donas das reservas de gás naquele país só tinham como mercado o Brasil. Mas a construção do gasoduto era economicamente inviável. A taxa de retorno era de 10% ao ano, enquanto o custo financeiro era de 12% ao ano. Por isto pressionaram o Governo a determinar que Petrobrás assumisse a construção. A empresa foi obrigada a destinar recursos da Bacia de Campos, onde a Taxa de Retorno era de 80%, para investir nesse empreendimento. O contrato foi ruim para o Brasil pelas seguintes razões: mudança da matriz energética para pior, mais suja, ficar dependente de insumo externo dominado por corporações internacionais, com o preço atrelado ao do petróleo e valorada em moeda forte; foi ruim para a Bolívia que só recebia 18% pela entrega de uma de suas últimas riquezas, a mais significativa. Evo Morales elevou essa participação para 80% (a média mundial de participação dos países exportadores é de 84%) e todas as empresas aceitaram de bom grado. E foi péssimo para a Petrobrás que, além de tudo, foi obrigada a assinar uma cláusula de `Take or Pay`, ou seja, comprando ou não a quantidade contratada, ela pagaria por ela. Assim, por mais de 10 anos, pagou por cerca de 10 milhões de metros cúbicos sem conseguir vender o gás no mercado nacional. Em 1995, o governo, faltando com o compromisso assinado com a categoria, levou os petroleiros à greve, com o firme propósito de fragilizar o sindicalismo brasileiro e a sua resistência às privatizações que pretendia fazer. Havia sido assinado um acordo de aumento de salário de 13%, que foi cancelado sob a alegação de que o presidente da Petrobrás não o havia assinado. Mas o acordo foi assinado pelo então Ministro das Minas e Energia, Delcídio Amaral, pelo representante do presidente da Petrobrás e pelo Ministro da Fazenda, Ciro Gomes. Além disto, o acordo foi assinado a partir de uma proposta apresentada pelo presidente da Petrobrás. Enfim, foi deflagrada a greve, após muita provocação, inclusive do Ministro do TST, Almir Pazzianoto, que disse que os petroleiros estavam sendo feitos de palhaços. FHC reprimiu a greve fortemente, com tropas do exercito nas refinarias, para acirrar os

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Senado. Sarney da o fora!

Parodiando o operístico Roberto Jefferson com o inesquecível “saí daí Zé, depressa” ao se dirigir ao então todo poderoso Zé Dirceu, quando do escâdalo do mensalão, chegou a hora do “fora Sarney”. Diante do assalto cometido contra o bolso dos Tupiniquins pela corja engalanada no senado, é fácil concluir que o Severino do restaurante era aprendiz de punguista. Ainda por cima, ou por baixo, essa cambada teima em fazer CPI. Pra investigar os outros! O editor Ou o Brasil acaba com as saúvas ou as saúvas acabam com o Brasil Sai, Sarney! [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Vez por outra lemos a respeito de político japonês que se matou depois de ter sido acusado de corrupção. O mais recente foi Toshikatsu Matsuoka, ministro da Agricultura, em maio de 2007. Ele aceitou suborno de um empresário e pediu reembolso de despesas que sempre foram cobertas por seu gabinete. A ser processado e talvez preso, preferiu se enforcar. O próximo domingo será um dia tristemente histórico para a Inglaterra. Pela segunda vez, um presidente da Câmara dos Comuns, o equivalente à nossa Câmara dos Deputados, renunciará ao cargo, acusado de má conduta. O primeiro a renunciar foi Sir John Trevor em 1695. Seu crime? Ter embolsado grana de um comerciante em troca do apoio à aprovação de uma lei. Michael Martin, 63 anos, presidente da Câmara dos Comuns há quase dez, não se vendeu a ninguém nem tirou vantagens ilícitas do cargo. Mas foi conivente com os colegas que tiraram. Deputados com direito a verba para bancar moradia em Londres conseguiram reembolso por gastos para consertar quadras de tênis, limpar fossas, comprar cadeiras de massagem e aparelhos de televisão de tela plana. Os mais ousados cobraram até pelo aluguel de filmes pornográficos. O cordato Martin avalizou os desmandos. Uma vez que eles foram descobertos pela imprensa, tentou encobri-los. Como a tarefa se revelou impossível, pediu ajuda à polícia para identificar as fontes de informações dos jornalistas. A polícia nem se mexeu. Por fim, Martin se rendeu. Seguirá o exemplo dado por Trevor há 314 anos. Aqui já assistimos a renúncia de presidentes da Câmara e do Senado enrolados em denúncias de quebra de decoro. Foi o caso de Severino Cavalcanti, presidente da Câmara. E de Jader Barbalho, Antonio Carlos Magalhães e Renan Calheiros, presidentes do Senado. Diferentemente de Trevor no passado, e agora de Martin, eles não abandonaram os cargos premidos pelo sentimento de vergonha. Renunciaram para não ser cassados. Foi um ato sem vergonha. Assim puderam preservar os direitos políticos e voltar ao Congresso reeleitos. José Sarney está no olho do furacão que varre o Senado desde que ele foi eleito em fevereiro último para presidi-lo pela terceira vez. A primeira foi em 1995. O que existe de podre no Senado não é obra exclusiva dele. Um presidente do Senado não pode tudo, muito menos sozinho. Mas é um escárnio Sarney continuar fingindo que nada tem a ver com a crise mais grave da história do Senado. Não apenas tem a ver: Sarney é o principal responsável por ela. A semente da crise foi plantada no primeiro mandato dele como presidente do Senado. “Eu só tenho a agradecer ao Dr. Agaciel Maia pelos relevantes serviços que ele prestou”, disse Sarney ao se despedir do ex-diretor-geral do Senado, defenestrado da função devido à crise. Agaciel foi nomeado por Sarney. Ao longo de 14 anos, acumulou poderes e cometeu toda a sorte de abusos com a concordância explícita ou velada de Sarney e dos que o sucederam no comando do Senado. Na semana passada, ao som da música do filme “O Poderoso Chefão”, Agaciel casou a filha Mayanna sob as bênçãos de Sarney, Renan Calheiros e de dois outros ex-presidentes do Senado – Garibaldi Alves e Edison Lobão. Para lá do inchaço do quadro de funcionários do Senado, do pagamento de horas extras não trabalhadas, da criação de diretorias fantasmas, da homologação de licitações suspeitas e da assinatura de decretos secretos, há fatos que dizem respeito diretamente a Sarney e que o deixam mal na foto. Dono de imóvel em Brasília e inquilino da mansão destinada ao presidente do Senado, Sarney recebeu durante mais de um ano auxílio-moradia de R$ 3.800,00 mensais reservada a senadores sem teto. Flagrado, primeiro negou que recebesse. Depois se apropriou do mote de Lula e disse que não sabia. Um neto de 22 anos de Sarney assessorou durante mais de um ano o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Foi a maneira que Cafeteira encontrou, segundo admitiu, de agradecer ao pai do rapaz por tê-lo reaproximado de Sarney. Há uma sobrinha de Sarney lotada no ex-gabinete da filha dele no Senado, Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão. E há outra empregada no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MTS) em Campo Grande. Essa ganha sem trabalhar. É possível acreditar que o pai da crise esteja de fato empenhado em resolvê-la? Ou que reúna condições para tal? E quem disse que seus pares estão interessados em refundar o Senado? A essa altura, uma só coisa depende de fato de Sarney: a renúncia à presidência do Senado para atenuar as nódoas recentes de sua biografia. blog do Noblat

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Sarney: sobrinha no Maranhão e cargo em Brasília

Brasil: da série “Só dói quando eu rio”! Meninos e meninas, a corja não está pra brincadeiras. Agora a panacéia explicativa das tramóias é a existência de “atos secretos” no senado. Uáu! Estaremos assistindo a KGB rediviva no parlamento brasileiro? Como diz Zé Bêdêu – o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira em Fortaleza – ‘diabeisso’? Pagamentos retroativos por serviços fictícios, faltam investigar horas extras fictícias, gratificações por função fictícia, 14º e 15º ilegais para ‘acompanhar’ as remunerações extras dos senadores, os “inocentes” que não sabem de nada,  serviços ‘especiais’ na gráfica, ‘boquinhas’ de servidores nos gabinetes etc,etc. Um levantamento preliminar indica a existência de mais de 500 atos secretos da Casa que foram usados para nomear parentes, amigos, criar cargos, aumentar salários e até mesmo liberar hora extra sem limite para os servidores. Por muiiiiito menos disso cassaram o marajá das Alagoas. O qual, com a cegueira costumeira, os eleitores da “Terra dos Marechais” o empoleiraram em uma sinecura de Senador. Argh! Cadeia para todos os agacieis e cassação de mandatos para os Senadores envolvidos. O editor Ato secreto deu cargo no Senado a sobrinha de Sarney Apesar dos 1.079 quilômetros que separam sua casa de Brasília, ela foi contratada para vaga de confiança Os boletins secretos que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirma desconhecer foram utilizados em maio de 2003 para nomear sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges para um cargo na Casa. Apesar de morar em Campo Grande (MS), a 1.079 quilômetros de Brasília, ela foi contratada para exercer o cargo de confiança de assistente parlamentar, com salário de R$ 4,6 mil, originalmente na presidência do Senado. Sarney exercia, na ocasião, seu segundo mandato como presidente da Casa. Vera está na folha de pagamento do Senado até hoje. Assinada pelo então diretor-geral Agaciel Maia, a primeira nomeação de Vera foi publicada, às claras, no dia 24 de março de 2003, mas ela não tomou posse. Um mês e meio depois, porém, Agaciel assinou duas outras medidas, mas com caráter de sigilo. Uma delas, só agora divulgada, tratava da nomeação da sobrinha do presidente do Senado. Procurada ontem, a assessoria de Sarney confirmou o parentesco, a nomeação e informou que, na verdade, Vera dá expediente no escritório político do senador Delcídio Amaral (PT-MS), em Campo Grande. De acordo com os assessores de Sarney, ela é funcionária de carreira do Ministério da Agricultura e está “cedida” ao Senado, lotada na assessoria do parlamentar petista. No entanto, o Estado telefonou ontem para o escritório de Delcídio em Campo Grande e, lá, funcionários disseram – em entrevista gravada – não conhecer nenhuma Vera Macieira. O Estado de São Paulo – por Rosa Costa, Rodrigo Rangel e Leandro Colon

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