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Tecnologia e Bibliotecas: Todos os livros do mundo em um chip

Pesquisadores holandeses anunciam dispositivo com capacidade de armazenar 500 vezes mais dados que melhor HD hoje disponível. Instalação em celulares e computadores, porém, ainda é considerada realidade distante. Novo chip tem 96 nanômetros de largura e 126 nanômetros de altura Quem quiser acessar informações contidas neste chip precisa ter paciência. Quem quiser salvar algo nele também precisa ter paciência. Mas o minúsculo dispositivo apresentado por pesquisadores holandeses na revista Nature Nanotechnology nesta segunda-feira (18/07) consegue algo que nenhum outro já conseguiu: o dispositivo alcançou uma densidade de armazenamento de 500 terabits por polegada quadrada, 500 vezes mais do que o melhor disco rígido atualmente disponível. “Teoricamente esta densidade de armazenamento permitiria escrever todos os livros que a humanidade já criou num único selo postal”, diz o líder do estudo, Sander Otte, na Universidade Técnica de Delft. “É possível compará-lo a um quebra-cabeça deslizante.” Chip devolve a visão a deficiente visual Otte e sua equipe desenvolveram o chip com base em átomos de cloro. Eles aproveitaram a capacidade desses átomos de, numa superfície de cobre plana, se organizarem em uma estrutura bidimensional. Ao disporem menos átomos de cloro do que seria necessário para cobrir toda a superfície, os cientistas provocam o surgimento de lacunas na estrutura. A partir de uma dessas lacunas e de um átomo de cloro, eles formam um bit, a menor unidade de armazenamento digital. Para poder salvar dados, os cientistas precisam movimentar os átomos, o que fazem com um microscópio de corrente de tunelamento. Operado por um computador, o microscópio desloca os átomos de lacuna para lacuna até que os campos de bits se formem. Milhares de anos Por enquanto, a leitura de um bloco de 64 bits salvo no chip dura cerca de um minuto, e para salvar a mesma quantidade de informação no dispositivo são necessários cerca de dois minutos. Além disso, o procedimento só funciona a uma temperatura de -196 °C. Portanto, caso se tentasse armazenar todos os livros do mundo em um chip do tipo, isso demoraria milhares de anos. Até agora os pesquisadores só armazenaram no dispositivo uma frase: “Há muito espaço lá em baixo.” Trata-se de uma referência a uma palestra do físico americano e visionário Richard Feynman, realizada em 1959 e considerada a semente da nanotecnologia. Ainda vai demorar para que chips de cloro e cobre estejam instalados em computadores e celulares. Otte e seus colegas veem a invenção mais como parte da pesquisa básica, e comemoram o fato de um sistema de armazenamento atômico que funcione ter sido desenvolvido. LPF/efe/dpa

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Tecnologia: Toalhas de hotel ganham chip contra furtos

Tecnologia de radiofrequência está por trás da solução. Levar a roupa de banho como ‘souvenir’ pode estar com os dias contados. Empresa brasileira Haco também tem solução de etiquetas para roupas com controle por radiofrequência. Para muitos viajantes, roubar toalhas de hotel ou roupões é mais um passatempo do que um pequeno delito. Os hotéis, por outro lado, levam mais a sério. Tão a sério que alguns começaram a incorporar chips de radiofrequência, ou “tags RFID” dentro da roupa de banho para ajudar a evitar que “acidentalmente” os hóspedes encham as malas de “souvenirs” antes do check-out. Os chips, projetados pela empresa sediada em Miami, Linen Technology Tracking, podem ser costurados diretamente em toalhas, roupões ou lençóis, e resistem até 300 ciclos de lavagem. Se um item etiquetado deixar as instalações do hotel, o chip RFID dispara um alarme que irá imediatamente alertar os funcionários do estabelecimento e, no mínimo embaraçar o viajante.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O sistema já gerou dividendos para um hotel de Honolulu, que afirma ter economizado cerca de US$ 15 mil desde a adoção do sistema em 2010. Além do hotel no Havaí, apenas dois outros estabelecimentos começaram a etiquetar suas toalhas – um em Manhattan e outr em Miami. Todos os três, no entanto, optaram por permanecer anônimos. G1

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Aumento nas vendas do serviço 3G ameaça banda larga móvel

Até pouco tempo atrás, a expansão da rede 3G estava atrelada à venda de aparelhos celulares que permitiam acessar a internet pela rede das operadoras móveis. Essa realidade mudou drasticamente com o surgimento dos chips que, acoplados aos computadores (PCs ou notebooks), estabelecem a conexão à internet móvel. Dados compilados pela consultoria Teleco, especializada em telecomunicações, mostram que, entre dezembro de 2008 e março de 2009, a queda na venda de telefones celulares 3G foi de 44,5%, passando para 1,48 milhão de unidades comercializadas. Em contrapartida, entre outubro de 2008 e março de 2009, as vendas do chip 3G de acesso à banda larga móvel (modem) aumentaram 156%, atingindo 3,13 milhões de unidades em uso. Esse negócio deu tão certo que as operadoras já planejam vender em larga escala notebooks com chips 3G instalados pelo fabricante a partir do segundo semestre deste ano. As teles não contavam com essa explosão em tão pouco tempo. Tanto que chegou a faltar chip 3G no mercado no final do ano passado. Por isso, elas começaram a pressionar os fabricantes de chips e a apressar os investimentos na ampliação da cobertura, hoje presente em 8% do território nacional. No primeiro trimestre de 2009, o crescimento do tráfego de dados saltou em média 70% nas operadoras, passando a representar 11% da receita de serviços. No final do ano passado ele variava entre 7% e 8%. Colapso do serviço O presidente da Claro, João Cox, acredita que há chances de colapso do serviço, em 2012, caso esse ritmo de crescimento seja mantido e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não coloque mais faixas de frequência em uso. Os sinais 3G são emitidos em uma determinada frequência (em hertz) e há um limite definido de operação, do qual as operadoras estariam se aproximando. Essa também é a posição da TIM. No Rio de Janeiro e em São Paulo o tráfego de dados estaria se igualando ao de telefonemas. Por isso, desde o final de 2008, as teles, representadas por sua associação (a Acel), pressionam a Anatel pela liberação das frequências ociosas das TVs pagas (apenas as que operam com micro-ondas pela tecnologia MMDS) para a banda larga móvel. A agência decidiu manter as frequências das TVs, mas sinalizou que pode mudar as regras se preciso. Outra reivindicação das companhias é a inclusão do chip 3G de acesso à banda larga na Lei de Informática. No caso dos computadores e dos notebooks, a lei permitiu aos fabricantes redução de impostos. Isso fez os preços despencarem e colocou o Brasil entre os maiores consumidores de PCs do mundo em apenas quatro anos. O chip (modem) é o item mais caro para os assinantes na hora de contratar um pacote de dados. Mas, segundo Eduardo Tude, presidente da Teleco, há outros motivos para os preços não caírem. “As operadoras ainda estão investindo na expansão dessa rede”, diz. Para ele, essa é uma das razões pelas quais não existe competição nesse serviço, o que derrubaria os preços dos pacotes. A competição existe em lugares em que as redes estão estabelecidas, e os investimentos, amortizados. Nesse ambiente, novos investimentos acabam tornando-se chamariz para os clientes. Foi o que aconteceu na Austrália, que possui um dos pacotes mais baratos. Lá, a Telstra perdia clientes até passar a oferecer pacotes com velocidade de 16 Mbps e pulou para a liderança. da Folha OnLine

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