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Geração Z e computadores

“Eles nem sabem copiar e colar”: especialista afirma que jovens não têm domínio básico sobre computadores São bons somente usando celular para coisas específicas. A geração atual já nasce em um contexto digital e com isso temos a tendência a pensar que eles terão bastante domínio de computadores e smartphones, mas uma especialista afirma que na verdade os jovens não possuem domínio básico de coisas simples, como Word, Excel e até mesmo comandos básicos como Crtl+C e Crtl+V. Jovens não são tão bons em computadores Anne Cordier, pesquisadora em ciências da informação e comunicação, traz um ponto de vista interessante após trabalhar com alunos do CP ao ensino médio. Ela explica que os conhecimentos básicos de informática não são adquiridos pelos mais jovens. Cécile Cathelin, professora de literatura e formadora em usos digitais, afirma que “abrir um documento no Word” é algo complicado para muitos alunos do ensino secundário, que não entendem boa parte de como funciona. Ela também ressalta que o ensino privado não modificaria isto em quase nada. Isto teria se agravado com o confinamento recente, já que o ensino online se tornou bastante comum. A partir disso, diversos alunos teriam mostrado dificuldade em tarefas bastante simples e cotidianas. Senso comum não estaria correto Segundo a especialista em educação digital, Yasmine Buono, o domínio das mídias sociais e dos games não equivale à competência geral em TI, algo que vai contra o senso comum. Segundo ela, os jovens têm um uso recreativo da tecnologia digital, mas não conseguem aplicá-lo em escritórios ou de maneira profissional. Yasmine também ressalta que alunos não conseguem escrever um simples email formal ou sequer usar expressões mais educadas. Apesar de as redes sociais criarem linguagens próprias, isso não significa que todos conseguem se adaptar. Isto vai de encontro com a geração Z, que tinha o hábito de realizar diversas funções de programação mesmo sem saber programar propriamente. Cuidar do próprio hardware e renová-lo, formatar seu computador sozinho, entre outras tantas coisas simples, são tarefas difíceis para as gerações mais novas.

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Celulares de Wassef examinados pela Polícia Federal

PF inicia análise dos celulares de Wassef e provoca pânico no clã Bolsonaro. Até agora, os agentes da Polícia Federal só haviam extraído o conteúdo dos telefones celulares do advogado, mas ainda não tinham permissão judicial para analisá-lo.

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A guerra dos robôs se trava na Wikipédia

Até 4,7 milhões das mudanças da enciclopédia digital são feitas por programas de computador Captura de tela da página inicial da Wikipédia em seu 15º aniversário. Cada vez são mais os sites da web que incorporam bots, robôs que são programas de computador que se comportam como humanos, para executar tarefas como responder perguntas dos usuários, fazer publicidade ou abrir contas de e-mail. Mas, apesar dos esforços e de seu uso generalizado, ainda estão muito longe de atuar na rede como se fossem uma pessoa. Essa é a conclusão à qual chegou um grupo de engenheiros do Instituto Alan Turing do Reino Unido, que estudou o comportamento desses robôs na Wikipédia e descobriu que até 4,7 milhões das edições dos artigos são correções que os robôs estão fazendo constantemente entre si, caindo em um tipo de edição interminável nada produtiva. Captura de tela de uma das edições realizada por um bot. WIKIPEDIA Os robôs que trabalham na Wikipédia são responsáveis por tarefas que podem ser tediosas para as pessoas, como identificar e desfazer casos de vandalismo, adicionar links, verificar a ortografia e cuidar da concordância sintática das orações. O problema surge quando as edições que eles fazem estão condicionadas pelo país e idioma em que foram programados e são influenciadas por alguns aspectos culturais. Por exemplo, algumas dessas reversões são feitas para mudar Palestina por território palestino ou Golfo Pérsico para Golfo Árabe e assim com vários milhões de conceitos que não coincidem nas diferentes regiões do mundo. Também estão programados para revisar as mudanças feitas cada certo tempo, o que ajuda a aparição de confrontos com outros robôs que fazem exatamente o mesmo e se corrigem entre si quando veem que sua última edição voltou a ser modificada. Nas mudanças que fazem as pessoas não acontecem esse tipo de conflito porque os usuários da Wikipédia raramente voltam a verificar se os dados que corrigiram estão atualizados. Uma das curiosidades que mostra o estudo é que o número de edições depende do idioma do texto. Os escritos em alemão são os menos modificados, com uma média de 24 por entrada. No lado oposto estão os artigos em português, que acumulam até 185 reversões por artigo. De acordo com especialistas, uma das possíveis soluções para essas intermináveis batalhas é que a Wikipédia permita o uso de robôs cooperativos que podem gerir os desentendimentos e permitir que as tarefas possam ser cumpridas de forma eficiente. O estudo mostra que os robôs podem trabalhar de forma completamente imprevisível. “O mundo on-line se tornou um ecossistema de robôs e, no entanto, nosso conhecimento sobre como interagem esses agentes automatizados é muito pobre”, reconhece Taha Yasseri, uma das responsáveis pela pesquisa. Yasseri fala de todo um ecossistema e não exagera: um estudo de 2009 estimou que naquele ano os robôs geraram 24% de todos os tuites publicados; uma empresa de análise de audiências descobriu que 54% dos anúncios exibidos entre 2012 e 2013 foram vistos por robôs em vez de seres humanos; e, segundo uma empresa de segurança da web, os robôs realizaram 48,5% das visitas aos sites de 2015. O número de incidências causadas por esses programas de computador aumentou de maneira constante nos últimos anos, indicando, de acordo com os pesquisadores, que seus criadores não estão fazendo o suficiente para melhorá-los ou que não conseguiram identificar os problemas que geram. Alguns conflitos, como os da Wikipédia, podem ser considerados inócuos. Outros são mais problemáticos e virais, como o que aconteceu no Twitter em março deste ano, quando a Microsoft precisou retirar um dos seus robôs por tuitar mensagens com conteúdo racista, sexista e xenófobo. Tinha sido programado para responder perguntas e estabelecer conversas com os mais jovens da web e aprendeu com eles esse comportamento.se tornou um ecossistema de robôs e, no entanto, nosso conhecimento sobre como interagem é muito pobre” Apesar das falhas e da falta de eficiência demonstrada em muitas ocasiões, os robôs são ainda uma opção muito útil em tarefas de conversação. O exemplo mais claro é Siri, a assistente da Apple que resolve as dúvidas do usuário através de mensagens de voz. Mas também há outros casos, como o criado por um estudante da Universidade de Stanford, que está programado para ajudar as pessoas a recorrer das multas de estacionamento. Em um ano conseguiu cancelar 160.000 multas e já funciona em Londres e Nova York. Victoria Nadal/ElPais

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Segurança: Celulares e aviões

Autoridades advertem para risco de eletrônicos em voos após explosão de fone de passageira australian. Incidente deixou passageira com manchas negras no rosto e bolhas nas mãos Autoridades australianas alertam para o risco de usar aparelhos com bateria em voos, depois que o fone de ouvido de uma passageira pegou fogo e a deixou ferida.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] O avião voava de Pequim, na China, a Melbourne, na Austrália. A passageira, que não foi identificada, relatou à Agência de Segurança de Transporte da Austrália (ATSB na sigla inglesa) que estava ouvindo música quando ocorreu a explosão. “Levei as mãos ao rosto, o que fez com que o fone de ouvido ficasse em volta do meu pescoço. Mas continuei a me sentir queimando, então arranquei o fone e o joguei no chão. Ele estava soltando faíscas e pegando fogo”, disse ela. O incidente a deixou com manchas negras no rosto e bolhas nas mãos. Membros da tripulação correram para ajudá-la. Para apagar o fogo, jogaram um balde de água sobre os fones. A bateria e o revestimento de plástico derreteram e grudaram no chão da aeronave. “Os passageiros passaram o restante do voo sentido cheiro de plástico derretido e cabelo queimado,” informou a agência australiana. O relatório não menciona a marca do fone de ouvido, mas aponta que uma das possíveis causas da explosão teria sido uma falha nas baterias de íon-lítio. A ATSB alertou que “à medida que cresce a gama de produtos que usam baterias, aumenta o potencial de problemas em voos” e divulgou outros casos com problemas semelhantes ocorridos em voos. No ano passado, a decolagem de um avião em Sydney foi interrompida quando foi detectado que estava saindo fumaça do compartimento de bagagem de mão. Descobriu-se que uma bateria de lítio pegara fogo dentro de uma peça de bagagem. Em outro voo, nos Estados Unidos, um aparelho eletrônico começou a soltar fumaça depois de ser esmagado sob um assento. Uma falha das baterias do modelo Galaxy Note 7, da Samsung, fez com que vários aparelhos superaquecessem, pegassem fogo e derretessem – como incidentes registrados no ano passado também ocorreram dentro de aviões, esse modelo específico foi banido de voos internacionais. A Samsung fez um recall do Galaxy Note e a produção desse modelo foi interrompida.

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Como se tornar invisível no WhatsApp e outros truques ‘nível especialista’

Se não dá pra sumir, saiba como evitar que vejam o horário da sua última conexão, a sua foto de perfil… O WhastApp é o aplicativo mais usado no Brasil: 9 em cada 10 brasileiros conectados à internet usam a ferramenta de comunicação, segundo recente pesquisa do Conecta, do Instituto Ibope. O aplicativo se tornou um meio de comunicação empregado por boa parte do mundo. É tanta gente que às vezes isso pode causar problemas: a quantidade de mensagens (especialmente geradas em grupos), assim como a informação pessoal que o aplicativo oferece sobre o usuário — como a hora de última conexão ou o temido duplo tique azul —, eventualmente faz do WhatsApp mais um problema do que uma solução. Para aquelas ocasiões em que você preferia não estar no aplicativo, ou pelo menos ser incomodado o mínimo possível, existem alguns truques para se tornar quase invisível ou, que remédio, não ficar tão exposto ao bombardeio de mensagens. E, para quem por alguma razão não puder parar de usá-lo, outra rodada de dicas para não acabar puxando os cabelos. Truques para ficar ‘invisível’ no WhatsApp 1. Elimine o horário da sua última conexão Para que ninguém possa fofocar sobre quando foi a última vez que você olhou o aplicativo antes de ir para a cama, siga os seguintes passos tanto no Android como no iOS para iPhone: entre no menu do WhatsApp, selecione ajuste>conta>privacidade>visto por último. Nesse menu você pode escolher quem consegue ver a hora da conexão — se todo mundo (inclusive pessoas que não estiverem na sua agenda, mas tiverem o seu número de telefone), só os seus contatos ou ninguém. Ao escolher ninguém, você tampouco poderá ver a hora de conexão dos seus contatos. 2. Elimine o duplo tique azul Tanto no Android como no iOS, na parte inferior do mesmo menu “privacidade” onde você modifica o item “visto por último”, há uma marcação ativada chamada “confirmações de leitura”. Se desativá-la, seus contatos deixarão de ver o duplo tique azul quando você ler as mensagens, mas você tampouco receberá essa confirmação quando os outros lerem as suas. 3. Torne a sua foto de perfil visível apenas para os seus contatos Para evitar que pessoas alheias aos seus contatos possam ver sua foto de perfil, selecione “meus contatos” no item “foto de perfil”, no menu “privacidade”. Se preferir que nem os seus contatos possam vê-la, marque a opção “ninguém”. 4. Interrompa o aplicativo Um truque muito útil quando você quer evitar receber mensagens e deseja que seus contatos vejam apenas o primeiro tique cinza de “enviado”, mas não o segundo, de “recebido”, sem a necessidade de desinstalar o aplicativo ou desligar o celular, é forçar uma pausa no aplicativo. Para isso, no Android é preciso ir aos ajustes do próprio celular, chegar ao “administrador de aplicativos” e procurar o WhatsApp. Uma vez ali, apertar o botão de “forçar paralisação”. Você não receberá mensagens nem notificações enquanto não entrar no aplicativo outra vez. No iOS, é preciso um duplo clique rápido sobre o botão circular do iPhone. Aparecerão todos os aplicativos abertos em segundo plano; selecione WhatsApp e deslize o dedo de baixo para cima. 5. Aplicativo para ficar invisível Quem quiser fazer fofoca sobre o horário da última conexão e receber os tiques azuis das suas conversas sem a necessidade de expor os próprios pode usar aplicativos que permitem ler as mensagens sem a necessidade de entrar no aplicativo, do modo que nem a hora de conexão nem o tique azul mudarão. Um dos mais populares é o Stealth App, embora a versão sem publicidade custe mais do que o próprio WhatsApp. Truques para não enlouquecer 1. Responda do computador Se você precisa estar atento ao WhatsApp e não pode ficar com um olho no celular e outro no computador, é possível abrir sua conta do aplicativo pelo site whatsapp.com. 2. Marcar mensagens como não lidas As últimas versões do WhatsApp se inspiraram no e-mail para incorporar uma nova utilidade: a de marcar mensagens como não lidas. Se você já tiver lido uma mensagem, mas quiser revê-la depois, mantenha o dedo sobre uma conversa para abrir um minimenu do Android. Nele, selecione “marcar como não lido”. Atenção: selecionar “não lido” não implica que a pessoa que escreveu a mensagem não verá o tique azul correspondente. Ocorre o mesmo ao eliminar uma conversa: ela será apagada do seu celular, mas não do aparelho da pessoa com quem você estiver conversando. No caso do iOS, deslize o dedo da esquerda para a direita sobre a conversa já lida e ative a opção de marcá-la como não lida. 3. Evite que os arquivos sejam baixados automaticamente Sim, as mil felicitações natalinas que você recebeu foram muito divertidas, mas talvez você não ache tanta graça quando receber a conta do celular: por default, o WhatsApp baixa todas as imagens enviadas quando você está conectado à rede de dados da telefonia móvel, mas isso pode ser evitado. No menu de ajustes do Android, selecione chat e chamadas>download automático>conectado a dados móveis, e desative o item “imagens”. No iOS, o acesso pode ser feito a partir dos “ajustes” do aplicativo, e então “uso de dados”. Surgirá o menu “dowload automático de mídia”. Nele é possível desativar os itens “imagens”, “áudio” e “vídeo”. Pablo Cantó/ElPais

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Tecnologia: O que é o vírus HummingBad, que afeta milhões de celulares com Android

Um vírus que ataca celulares com o sistema operacional Android tem afetado milhões de pessoas em todo o mundo. Conhecido como “HummingBad”, ele age inserindo publicidade infectada e instalando aplicativos falsos nos aparelhos. HummingBad está causando estragos desde agosto do ano passado Image copyright THINKSTOCK O vírus cria um “unrootkit” – uma espécie de “porta dos fundos” que permite acesso total ao dispositivo móvel – permanente por onde podem entrar anúncios fraudulentos que geram lucros para o criador do vírus por meio de cliques forçados em links infectados. A CheckPoint Security, empresa especialista em segurança cibernética que descobriu o malware, estima que pelo menos 10 milhões de usuários no mundo todo, principalmente na China e na Índia, tenham sido atingidos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O HummingBad foi descoberto em fevereiro, mas acredita-se que ele já existia em meados do ano passado. Estima-se que, desde então, os criadores do vírus – que a CheckPoint afirma serem de Yuzhong, na China – estejam faturando cerca de US$ 300 mil por mês. O Google – desenvolvedor do Android -, por sua vez, disse estar consciente da existência desse malware e que “está melhorando constantemente seu sistema para que ele seja capaz de detectá-lo”. Mas o que é possível fazer para evitar ser uma vítima de HummingBad – ou para se livrar dele? A BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, preparou um guia básico: Estima-se que criadores do HummingBad tenham faturado centenas de milhares de dólares – Image copyright THINKSTOCK Como saber se seu aparelho está infectado pelo HummingBad? “Depende. É possível que você não perceba nenhum sinal disso”, afirmou à BBC a empresa de segurança especializada em telefonia móvel Network Security, no Reino Unido. “Mas se você perceber que alguma coisa está acontecendo com seu celular, que ele está ficando mais lento, suspeite de que há algo errado.” Como usar Google Maps sem conexão de internet “Há um truque simples para saber se seu telefone está infectado”, explica Manu Contreras, blogueiro e jornalista especializado em tecnologia e segurança. “No momento em que você perceber que seu celular tem aplicativos que você nunca instalou, ou quando ele mostrar páginas de anúncios, passe algum antivírus. Provavelmente ele está infectado.” O que o vírus pode causar no seu celular? Ele pode inundar seu aparelho com anúncios e avisos não solicitados – que não saem dali a menos que você clique neles. Além disso, o vírus também instala aplicativos infectados. Mas o problema mais grave é que ele dá acesso ao seu telefone e às suas informações – o que faz com que alguns apps possam roubar e vender seus dados a qualquer um. “Como esse vírus está instalado na raiz do sistema operacional, na teoria ele pode fazer qualquer coisa com o aparelho, já que pode acessar qualquer aplicativo remotamente”, explicou Manu Contreras. O principal conselho é não baixar aplicativos desconhecidos Image copyright  THINKSTOCK Descobri o vírus no celular. E agora? “A primeira coisa que se deve fazer é uma cópia de segurança dos seus dados. Fotos, vídeos, documentos, conversas”, sugere Contreras. O passo seguinte é reconfigurar completamente o aparelho, segundo os especialistas da CheckPoint. Isso significa apagar tudo o que havia no aparelho e deixá-lo como se estivesse novo, recém-saído da loja. Para isso, é necessário ativar a função “limpar dados – restaurar fábrica” (wipe data/Factory reset), de acordo com as instruções específicas do seu modelo de celular. Contreras, porém, diz que isso não é o suficiente. “Levando em consideração que o vírus se instala na parte mais profunda da memória do celular, só o ‘restaurar fábrica’ não adianta, é preciso levar o aparelho a um especialista de confiança”, recomenda. Como evitar que o aparelho seja infectado? As recomendações são semelhantes às feitas para prevenir vírus em computadores: 1) Não baixe aplicativos de sites desconhecidos. “Mas esteja ciente de que até em lojas oficiais há apps com vírus”, alerta a empresa Network Security. “Antes de aceitar baixar um aplicativo no Google Play (loja virtual), aparece uma janela com as permissões que você terá de dar a esse aplicativo, como por exemplo o acesso aos contatos e à câmera. Mas para quê um aplicativo de lanterna iria precisar acessar a câmera ou os seus contatos?”, acrescenta Contreras. 2) Não clique em nada que você não esperava receber. A Network Security alerta que até mensagens de texto podem chegar com links para o vírus. 3) Use um antivírus de uma empresa reconhecida, que seja constantemente atualizado. Yolanda Valery/BBC

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Eles pararam de reclamar dos governos – e estão usando o celular para melhorar a política

Dois jovens brasileiros estão rodando o mundo e conquistando cada vez mais clientes no país e no exterior com duas empresas que buscaram numa ferramenta simples – o celular – a chave para um desafio complexo: melhorar o trabalho do governo. Onício Neto (à esq.) e Guilherme Lichand criaram empresas que usam o celular na busca do aprimoramento das políticas públicas O biomédico Onicio Neto cria aplicativos para detectar surtos de doenças antes mesmo das autoridades de saúde. O economista Guilherme Lichand ajuda a melhorar políticas públicas usando SMS e chamadas automáticas de voz, aquelas em que o usuário responde por uma sequência de teclas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Com poucos anos de mercado, as empresas de ambos já atraíram fundos e parceiros no exterior, foram finalistas em uma disputa internacional de empreendedorismo social, levaram suas propostas a diferentes países e bateram a casa do milhão de reais em faturamento. E no Brasil eles sonham alto, com objetivos como acabar com a propagação de epidemias em grandes eventos e revolucionar a comunicação entre escolas e famílias. Crowdsourcing da saúde A rotina do pernambucano Onicio, de 29 anos, começa por volta das 7h, quando deixa a filha de 5 anos na escola no Recife. Em seguida, ele nada 1.300 metros antes de ir para a Epitrack, a start-up que criou em 2013 ao lado do cientista da computação Jonas Albuquerque, seu ex-orientador de mestrado e primeiro guia pelo mundo da tecnologia em saúde. Aluno e professor hoje são sócios numa empresa de 13 funcionários e faturamento bruto de R$ 2,5 milhões em 2015. Receita do sucesso? Ser uma ponte eficaz entre a saúde pública e o potencial colaborativo da internet. Onício Neto em São Francisco, nos EUA, uma das cidades onde foi divulgar o trabalho da Epitrack A Epitrack (Epi, de epidemia + track, rastrear em inglês) cria plataformas de vigilância participativa em saúde. A partir da colaboração do cidadão (e usuário da internet), que informa sobre seus sintomas em aplicativos específicos, a empresa constroi mapas de ocorrência de doenças infecciosas, como sarampo, dengue e gripe. Quando chega ao escritório, Onício costuma assistir a 20 minutos de algo que inspire a criatividade: comerciais, músicas, webséries. Isso talvez mostre por que é um biomédico (profissional que pesquisa microrganismos que causam doenças) distante do trabalho em laboratórios e indústrias, típico da profissão. Acabou no mestrado em saúde pública na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) do Recife, onde conheceu um grupo que usava a informática para melhorar processos e a coleta de dados em saúde. Um exemplo era um aplicativo que substituía o bloquinho de papel do agente de saúde, transmitindo em tempo real dados coletados em campo. “Pessoas começaram a perguntar: quanto custa fazer isso?”, lembra Onício, sobre os sinais de que havia demanda por soluções tecnológicas naquela área. Mão na massa O primeiro teste de fogo da Epitrack foi na Copa do Mundo de 2014 – grandes eventos e aglomerações são um prato cheio para o aparecimento de epidemias. Com financiamento da Tephinet, uma rede internacional de capacitação em epidemiologia, a empresa criou o app Saúde na Copa. Quase 10 mil pessoas baixaram a ferramenta de notificação, em tempo real, de sintomas como febre, dores de cabeça e diarreia. Em dois meses, foram mais de 47 mil registros – e, felizmente, nenhum surto detectado. “Essas plataformas conseguem identificar uma possibilidade de surto até duas semanas antes das fontes tradicionais. Porque um doente só se torna um caso oficial quando chega ao sistema, procura um posto de saúde – e nem todos fazem isso. Com o aplicativo ele pode reportar esses sintomas e essa lacuna é preenchida”, afirma Onício. Interface de aplicativo da Epitrack: aposta no potencial colaborativo da internet para detecção rápida de surtos de doenças Como os dados reportados por usuários não passam pelo crivo de médicos, a validação ocorre quando começam a aparecer casos semelhantes no mesmo território e ao mesmo tempo. O Ministério da Saúde aprovou o trabalho do Saúde na Copa e contratou um monitoramento permanente à Epitrack. O resultado é o app Guardiões da Saúde, que terá versão em seis línguas e espera agregar 100 mil colaboradores durante a Olimpíada do Rio. Outro cliente importante é a Skoll Global Threats Fund, fundação de Jeffrey Skoll, ex-presidente do e-Bay, que passou à Epitrack a missão de reformular oFluNearYou.org, uma plataforma com 70 mil usuários ativos que monitora desde 2011 a proliferação do vírus influenza nos EUA e no Canadá. “Com o Vale do Silício no quintal, optaram por uma start-up do Recife”, comemora Onício. A empresa de Onício Neto gerencia a plataforma FluNearYou.org, que faz mapeamento colaborativo de casos de influenza nos Estados Unidos e no Canadá O baterista e amante de blues, jazz e soul agora se prepara uma viagem aos Estados Unidos, onde disputará com outros 15 empreendedores uma parte de um prêmio de US$ 1 milhão, dentro de um concurso global patrocinado por uma marca de bebidas. Somará, assim, mais um destino na lista de países aos quais a Epitrack já o levou: EUA, Inglaterra, Suécia, Itália, Austrália e República Dominicana. “Velha” tecnologia A rotina de Guilherme Lichand não é menos puxada. A segunda-feira, por exemplo, começa com uma reunião para definir prioridades da semana. Depois há um encontro geral para acompanhar status dos projetos, alinhar prioridades e ouvir equipe. Na sequência, reuniões específicas para cada produto. À tarde, conversas com clientes, parceiros e público-alvo, pesquisas, leituras. Guilherme é um prodígio acadêmico que leva a mão à massa. Aos 30 anos, acabou de concluir um doutorado em Economia Política e Governo pela Universidade de Harvard (EUA), uma das melhores do mundo. Cursou a primeira turma da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (SP), fez mestrado na PUC-Rio e trabalhou com redução da pobreza e gestão econômica no escritório do Banco Mundial em Brasília. No Banco Mundial, Guilherme conheceu ferramentas inovadoras, como o uso do celular para monitorar efeitos de políticas sociais para tribos isoladas na África. Daí veio a ideia para a MGov,

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Nova operadora terá tarifa única para ligações e internet

Até o final do ano será lançada a Veek, a primeira operadora móvel virtual do Brasil dedicada ao público jovem, especialmente aquele de classe C. Celular: o controle do consumo, assim como o atendimento, acontecerá todo dentro de um aplicativo móvel para Android e iOS Até o final do ano será lançada a Veek, a primeira operadora móvel virtual do Brasil dedicada ao público jovem, especialmente aquele de classe C. Sua proposta é ser simples e objetiva, tendo tarifa única para o minuto de voz, independentemente da natureza da ligação (para móvel ou fixo, local ou de longa distância), assim como uma tarifa única por Megabyte trafegado e outra por SMS enviado. Não haverá serviços de valor adicionado (SVAs).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Somos um ‘pipe’ eficiente, honesto e sincero. Gosto de dizer que não somos uma operadora, mas uma comunicação móvel, um serviço de conectividade”, diz Alberto Blanco, criador da Veek, em entrevista exclusiva para MOBILE TIME. Só serão vendidos planos pré-pagos. O controle do consumo, assim como o atendimento, acontecerá todo dentro de um aplicativo móvel para Android e iOS. Os valores das tarifas ainda não foram definidos, mas Blanco promete que será mais barato que as teles tradicionais porque sua estrutura é mais enxuta, proporcionando menores custos operacionais. A Veek disponibilizará uma calculadora para as pessoas compararem os preços: basta informar quanto consumiu em minutos, Megabytes e mensagens de texto no último mês com a sua operadora e será calculado em seguida quanto seria gasto na Veek. “Em 80% das vezes será mais barato na Veek”, garante. A meta da empresa é conquistar uma receita média por usuário de R$ 40 ao mês, diz o executivo. Marketing multinível Outra característica que distingue a Veek das demais operadoras é a adoção do modelo de marketing multinível. Os usuários que convidarem outros usuários serão remunerados por isso. ada assinante tem um código identificador que deve ser informando pelos seus convidados quando estes se cadastrarem na Veek. Cada novo assinante adquirido via web gera R$ 5 para o usuário que convidou. Há também a possibilidade de se comprar um kit com dez SIMcards ao preço de R$ 100 e que podem ser revendidos a R$ 20 cada, gerando portanto um lucro de R$ 10 por cada assinante conquistado dessa forma. Além disso, o “veeker”, como são chamados os usuários que promovem a operadora, receberá 2,5% do valor de cada recarga feita pelos seus convidados diretos, mais 1% de cada recarga feita pelos convidados dos seus convidados, e outro 1% no nível seguinte de convidados. A partir do quarto nível, ele não recebe mais nenhuma participação. Blanco está conversando com influenciadores da Internet de diferentes comunidades para estimulá-los a virarem veekers. A ideia é que eles divulguem seu código de identificação em seus canais online: sempre que o código for informado quando do cadastro de um novo usuário, o influenciador ganhará dinheiro. Os veekers receberão um cartão de débito da Mastercard no qual será carregada toda a receita gerada dentro do sistema. É o “Veek Card”. Através do app, ele poderá também acompanhar a geração de receita através dos seus convidados. Rede A Veek usará a rede da TIM. Porém, seu contrato não é direto com a operadora, mas através da Surf Telecom, uma MVNE (mobile virtual network enabler). A Surf Telecom, por sua vez, fornecerá o core da rede e o sistema de billing para a Veek e para outras operadoras virtuais no futuro. Na prática, para fins regulatórios, a Veek é uma operadora móvel virtual credenciada. Experiência Blanco tem larga experiência em marketing de telecomunicações. Ele foi o primeiro diretor de marketing da Oi, responsável pelo lançamento da marca da companhia, quase 15 anos atrás. Depois, teve outros empreendimentos e atualmente é CEO da agência de marketing Riot, que vai cuidar da campanha de lançamento da própria Veek. Fernando Paiva/Teletime <iframe src=&quot;//mfa.nissan.predicta.net/mrm-ad/ad/noscript/?;c=3555;sc=5469;p=3;psi=1419851817;n=1419851817;tc=https://adclick.g.doubleclick.net/aclk?sa=L&amp;ai=BRxJyo-5uV8eSJIOSxgTuvIrQDrapz_UIAAAAEAEgruLWITgAWMbJ4O2UA2DNmOCA6AKyARJleGFtZS5hYnJpbC5jb20uYnK6AQlnZnBfaW1hZ2XIAQnaAWdodHRwOi8vZXhhbWUuYWJyaWwuY29tLmJyL3RlY25vbG9naWEvbm90aWNpYXMvbm92YS1vcGVyYWRvcmEtdGVyYS10YXJpZmEtdW5pY2EtcGFyYS1saWdhY29lcy1lLWludGVybmV0mALWP6kCe5nRgYLdkz7AAgLgAgDqAh8vOTI4Ny9leGFtZS9ub3RpY2lhcy90ZWNub2xvZ2lh-ALy0R6QA5wEmAOcBKgDAeAEAdIFBRC20a1okAYBoAYW2AcA4AcP&amp;num=0&amp;cid=CAASEuRo9AXCNCindONtLW3xFoCw-Q&amp;sig=AOD64_0C4R5E9x34yAPGxMA1DmZ_jhRqHw&amp;client=ca-pub-8963691186389224&amp;adurl=&quot; width=&quot;728&quot; height=&quot;90&quot; border=&quot;0&quot; frameborder=&quot;0&quot; marginheight=&quot;0&quot; marginwidth=&quot;0&quot; scrolling=&quot;no&quot;></iframe> <iframe src=&quot;//mfa.nissan.predicta.net/mrm-ad/ad/noscript/?;c=3555;sc=5469;p=3;psi=1419851817;n=1419851817;tc=https://adclick.g.doubleclick.net/aclk?sa=L&amp;ai=BRxJyo-5uV8eSJIOSxgTuvIrQDrapz_UIAAAAEAEgruLWITgAWMbJ4O2UA2DNmOCA6AKyARJleGFtZS5hYnJpbC5jb20uYnK6AQlnZnBfaW1hZ2XIAQnaAWdodHRwOi8vZXhhbWUuYWJyaWwuY29tLmJyL3RlY25vbG9naWEvbm90aWNpYXMvbm92YS1vcGVyYWRvcmEtdGVyYS10YXJpZmEtdW5pY2EtcGFyYS1saWdhY29lcy1lLWludGVybmV0mALWP6kCe5nRgYLdkz7AAgLgAgDqAh8vOTI4Ny9leGFtZS9ub3RpY2lhcy90ZWNub2xvZ2lh-ALy0R6QA5wEmAOcBKgDAeAEAdIFBRC20a1okAYBoAYW2AcA4AcP&amp;num=0&amp;cid=CAASEuRo9AXCNCindONtLW3xFoCw-Q&amp;sig=AOD64_0C4R5E9x34yAPGxMA1DmZ_jhRqHw&amp;client=ca-pub-8963691186389224&amp;adurl=&quot; width=&quot;728&quot; height=&quot;90&quot; border=&quot;0&quot; frameborder=&quot;0&quot; marginheight=&quot;0&quot; marginwidth=&quot;0&quot; scrolling=&quot;no&quot;></iframe> <iframe src=&quot;//mfa.nissan.predicta.net/mrm-ad/ad/noscript/?;c=3555;sc=5469;p=3;psi=1419851817;n=1419851817;tc=https://adclick.g.doubleclick.net/aclk?sa=L&amp;ai=BRxJyo-5uV8eSJIOSxgTuvIrQDrapz_UIAAAAEAEgruLWITgAWMbJ4O2UA2DNmOCA6AKyARJleGFtZS5hYnJpbC5jb20uYnK6AQlnZnBfaW1hZ2XIAQnaAWdodHRwOi8vZXhhbWUuYWJyaWwuY29tLmJyL3RlY25vbG9naWEvbm90aWNpYXMvbm92YS1vcGVyYWRvcmEtdGVyYS10YXJpZmEtdW5pY2EtcGFyYS1saWdhY29lcy1lLWludGVybmV0mALWP6kCe5nRgYLdkz7AAgLgAgDqAh8vOTI4Ny9leGFtZS9ub3RpY2lhcy90ZWNub2xvZ2lh-ALy0R6QA5wEmAOcBKgDAeAEAdIFBRC20a1okAYBoAYW2AcA4AcP&amp;num=0&amp;cid=CAASEuRo9AXCNCindONtLW3xFoCw-Q&amp;sig=AOD64_0C4R5E9x34yAPGxMA1DmZ_jhRqHw&amp;client=ca-pub-8963691186389224&amp;adurl=&quot; width=&quot;728&quot; height=&quot;90&quot; border=&quot;0&quot; frameborder=&quot;0&quot; marginheight=&quot;0&quot; marginwidth=&quot;0&quot; scrolling=&quot;no&quot;></iframe> <iframe src=&quot;//mfa.nissan.predicta.net/mrm-ad/ad/noscript/?;c=3555;sc=5469;p=3;psi=1419851817;n=1419851817;tc=https://adclick.g.doubleclick.net/aclk?sa=L&amp;ai=BRxJyo-5uV8eSJIOSxgTuvIrQDrapz_UIAAAAEAEgruLWITgAWMbJ4O2UA2DNmOCA6AKyARJleGFtZS5hYnJpbC5jb20uYnK6AQlnZnBfaW1hZ2XIAQnaAWdodHRwOi8vZXhhbWUuYWJyaWwuY29tLmJyL3RlY25vbG9naWEvbm90aWNpYXMvbm92YS1vcGVyYWRvcmEtdGVyYS10YXJpZmEtdW5pY2EtcGFyYS1saWdhY29lcy1lLWludGVybmV0mALWP6kCe5nRgYLdkz7AAgLgAgDqAh8vOTI4Ny9leGFtZS9ub3RpY2lhcy90ZWNub2xvZ2lh-ALy0R6QA5wEmAOcBKgDAeAEAdIFBRC20a1okAYBoAYW2AcA4AcP&amp;num=0&amp;cid=CAASEuRo9AXCNCindONtLW3xFoCw-Q&amp;sig=AOD64_0C4R5E9x34yAPGxMA1DmZ_jhRqHw&amp;client=ca-pub-8963691186389224&amp;adurl=&quot; width=&quot;728&quot; height=&quot;90&quot; border=&quot;0&quot; frameborder=&quot;0&quot; marginheight=&quot;0&quot; marginwidth=&quot;0&quot; scrolling=&quot;no&quot;></iframe>

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A razão científica pela qual gritamos no celular

A maioria de nós já se incomodou com alguém falando alto demais no celular – hábito que, no entanto, quase ninguém admite ter. Image copyright THINKSTOCK Mas por que gritamos no celular? Há uma explicação científica para esse enigma? Para encontrar a resposta, é preciso entender melhor como funciona a telefonia. Quem inventou o telefone? Alexander Graham Bell seria a resposta mais comum. Mas não é tão simples assim. Na verdade, o engenheiro americano Elisha Gray fez um pedido de patente do telefone no mesmo escritório e no mesmo dia que Bell – e algumas horas antes.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Para sua infelicidade, seus documentos ficaram no final de uma pilha de pedidos, enquanto o de Bell foi apreciado e aprovado rapidamente. Um erro administrativo trivial fez com que o nome de Bell entrasse para a história. Os primeiros telefones já tinham um retorno de voz mínimo para que possamos nos escutar Image copyright TOM MC NEMAR Bell levou seu invento para a gigante de telecomunicações da época, a Western Union. “Disseram que parecia ser um pouco caro”, conta À BBC Greg Jenner, historiador e autor de Um Milhão de Anos em um Dia: A Curiosa História da Vida Cotidiana. “O problema era que o presidente da Western Union odiava profundamente o sogro de Bell. Então, o recusaram e contrataram (Thomas) Edison, um grande gênio americano, e o rival de Bell, Elisha Gray, para trabalharem juntos em um aparelho para rivalizar com o dele.” Quem fez o melhor telefone? “Aparentemente, Gray tinha uma tecnologia mais avançada. No entanto, a contribuição crucial veio de Edison, que desenvolveu um microfone muito sensível feito com carvão, tão eficaz que não é preciso gritar.” Esta não era a única vantagem. Os primeiros telefones tinham um retorno de voz mínimo, conhecido pela expressão em inglês sidetone, algo muito útil para que possamos escutar o volume de nossa própria voz durante uma conversa. Ainda hoje, todos os telefones fixos vêm com esse recurso. Mobilidade Então, o problema está nos celulares? Será que eles não têm o sidetone? “A maioria têm”, diz à BBC o especialista em tecnologia acústica Nick Zakarov. “O problema é que não usamos o celular em um lugar fixo, e ele precisa competir com o barulho de um ambiente.” Temos uma tendência natural de regular nossa voz de acordo com o som mais alto que estamos ouvindo Image copyright THINKSTOCK Então, a razão pela qual chegamos até a gritar no celular é que eles são móveis. A explicação está num fenômeno conhecido como “Efeito ou Reflexo Lombard”, descoberto em 1909 pelo otorrinolaringologista francês Étienne Lombard. Ele descobriu que temos uma tendência natural de aumentar o volume da voz quando estamos em um lugar barulhento. E a regulamos usando como referência o som mais alto que estamos escutando, seja uma moto ou a pessoa ao lado. Como nossa medida é o som mais forte, mesmo quando estamos em um local mais silencioso a outra pessoa pode pensar que estamos falando alto. Em resumo: falamos alto ao celular por uma combinação do Efeito Lombard e osidetone, que não foi feito para lidar com a mobilidade dos telefones móveis. Ou, na opinião de alguns, por sermos mal educados mesmo. Hannah Fry e Adam Rutherford/BBC

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