Em Gaza a naturalização do massacre
Já virou rotina. O mundo naturalizou o massacre. Israel ladeira abaixo sem freios. ONU aponta crimes de Israel por ‘ataques sistemáticos’ a civis em Gaza Relatório do Escritório de Direitos Humanos da ONU analisa seis bombardeios israleneses entre outubro e dezembro. Luta Palestina pela independência é histórica; população sofre com o massacre promovido por Israel em Gaza desde início de conflito em 7 de outubro. O Escritório de Direitos Humanos da ONU disse nesta quarta-feira (19) que os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza podem constituir crimes contra a humanidade, pois envolvem “ataques sistemáticos contra a população civil”. O relatório publicado pelo escritório da ONU analisa seis ataques israelenses no território palestino entre 9 de outubro e 2 de dezembro de 2023, visando edifícios residenciais, campos de refugiados, uma escola e um mercado, que deixaram pelo menos 218 civis mortos. De acordo com a ONU, os ataques israelenses, que usaram bombas GBU-31, GBU-32 e GBU-39, resultaram em um grande número de vítimas civis e na destruição de objetos não militares. O relatório aponta que as bombas usadas por Israel nos ataques analisados têm a capacidade de penetrar em vários andares de um edifício de concreto e conseguir sua destruição total. Aponta também que em cinco dos ataques não foi emitido nenhum aviso prévio, aumentando a convicção de que o princípio da precaução não foi respeitado. Em três dos ataques, o exército israelense alegou ter como alvo indivíduos ligados aos ataques de 7 de outubro de 2023, embora o escritório da ONU enfatize que “a mera presença de um comandante ou de vários combatentes não torna um bairro inteiro um alvo militar”. Para o órgão multilateral, tais agressões levantam fortes dúvidas sobre a aplicação das leis da guerra no que diz respeito aos princípios de distinção, proporcionalidade e precaução. Foto: Thomas Coex/AFP