Escultura de bronze de Pierre Matte, da série animais mitológicos Clique na imagem para ampliar Cobre, alumínio, bronze, borracha e materiais diversos, formam o discurso estético nas estranhas esculturas de Pierre Matter. Essa combinação insólita, as vezes parece sucata, constrói figuras de aspectos biomórficas, que aliam uma sensação dinâmica de movimentos. Lembram a arquitetura gótica, com desenho retrô, e muito aparentadas com o movimento steampunk ¹. As obras, para alguns críticos, parecem saídas dos romances de Júlio Verne. O artistas salienta que “as obras são reflexo da condição de viver numa época de fusão entre a Natureza e a Tecnologia. “Mesmo as vacas não são mais do que máquinas de produzir leite”, afirma. Pierre Matter busca, em sua concepção, um elo entre o imaginário e o onírico, para remeter a seres mitológicos. O paradoxo, ressalta o artista, é que tais seres simultaneamente sugerem um poder outorgado pela tecnologia e, contudo, parecem que a qualquer momento podem desmoronar. ¹ O movimento steampunk, mixto de ficção científica e arte, foi adotado por artistas no anos 80 e, para alguns, a partir da “atmosfera” do magnífico “Blade Runner”. Muito dos objetos desembocaram em peças que adornaram filmes como Mad Max e, mais sofisticadamente elaborados, na série Guerra nas Estrelas. Quem quiser conhecer melhor o movimento “steampunk” há uma matéria no Boston Globe, que disserta sobre o movimento. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]