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Quando a solidão vira rotina

Solidão em tempos modernos Aplicativos de namoro como o Tinder são cada vez mais populares Pular de encontro para encontro com ajuda de um app, optar pela vida “single”, casar consigo mesmo. A solidão faz parte da vida moderna e, se for passageira, pode até fazer bem. O problema começa quando ela vira rotina.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Verena* está se arrumando para mais um encontro. Após 19 primeiros encontros, ela parte para o 20º candidato. A advogada, que vive em São Paulo, tem 34 anos e está solteira há seis. Ela marcou o encontro num parque da cidade e saiu do escritório a tempo de ver o pôr do sol com seu match. Sim, ela o conheceu num aplicativo de namoro. Sugeriu o parque porque os outros 19 encontros aconteceram em barzinhos ou em restaurantes. Queria algo diferente. “Quem sabe ajuda?”, pensou. A advogada tem um bom círculo de amigos, eventualmente sai para dançar, vê a família regularmente nos almoços de domingo, mas, no fundo, está triste. Uma tia já perguntou se ela é lésbica. “Qual o seu problema, menina?”, questionou. Ela mesma se pergunta se é feia, se é muito exigente, o que pode fazer para melhorar. Ela tem medo de morrer sozinha, de ficar “para titia”. Psicólogos da Universidade de Chicago estudaram o que acontece com pessoas que se sentem sozinhas de forma permanente. John Cacciopo, professor do Centro de Neurociências Cognitivas e Sociais, e mais dois colegas examinaram 230 pessoas ao longo de onze anos. No início do estudo, essas pessoas tinham entre 50 e 68 anos de idade e, ao fim, entre 61 e 79 anos. No estudo, publicado na revista especializada Personality and Social Psychology Bulletin, ficou comprovado que as pessoas se tornaram egocêntricas por permanecerem sozinhas durante tantos anos. Quem se sente solitário e tem poucos relacionamentos gratificantes acaba por se concentrar em si mesmo. Os psicólogos também descobriram que, ao contrário, aqueles que já no início do estudo eram mais egocêntricos do que os outros, se sentiam frequentemente ainda mais sozinhos anos depois. “Quem se concentra muito em si corre o risco de ficar preso no sentimento de solidão no longo prazo. E o solitário tende a girar mais e mais em torno de si com o passar do tempo. É um círculo vicioso”, concluíram os pesquisadores. Os psicólogos deixaram claro que, em princípio, a solidão não é algo negativo, desde que não dure muito tempo. Do ponto de vista evolutivo é até bom se sentir sozinho. Assim como a dor física sinaliza que a pessoa deve cuidar do seu corpo, o sentimento de solidão alerta que a pessoa precisa cuidar de suas relações sociais. O problema começa quando a solidão se estabelece na vida da pessoa. Em seus estudos em diferentes países, Cacciopo descobriu que, em média, cerca de 30% a 40% das pessoas se sentem sozinhas. A população de solteiros nos Estados Unidos é hoje 30% maior do que em 1980. No Brasil, o número de pessoas morando sozinhas não é tão alto, mas também cresceu. Segundo dados do IBGE, em 2005 cerca de 10% dos lares brasileiros abrigavam pessoas vivendo sozinhas. Em 2015, esse número saltou para 14,6%. A região metropolitana com maior proporção de pessoas morando sozinhas em 2015 era Porto Alegre, com 19,3% dos lares. Em seguida, vinha a região metropolitana do Rio de Janeiro, com 19%. São Paulo aparece com 14,9%. Subir ao altar sozinha Em meio a esse contexto, vem ganhando força a chamada sologamia, o casamento consigo mesmo. O número de mulheres que vêm dizendo “sim” a si mesmas está aumentando consideravelmente nos EUA e no Japão. Nos Estados Unidos, a moda de jurar amor eterno por si mesmo já existe há alguns anos, mas vem se intensificando. No país asiático, mulheres solteiras ainda não são consideradas membros plenos da sociedade. Até por isso, muitas pagam o equivalente a 7 mil reais para casar consigo mesmas. Em geral, mulheres que se dedicaram aos estudos e à profissão, mas que sonhavam em um dia se casar, se vestem de branco, sobem ao altar de braço dado com o pai e, finalmente, colocam uma aliança na mão esquerda. Mas, em tempos de inflação de dates pelo Tinder, não há um noivo ao lado delas. O solo wedding ainda não é reconhecido nem pela igreja nem pelo cartório, mas, para mulheres que vivem com o estigma de não terem sido “escolhidas”, esta é uma maneira de lutar contra o patriarcado e as convenções sociais. “As pessoas estão medrosas e cansadas” O filósofo Luiz Felipe Pondé afirma que a sociedade sempre inventa uma moda para dar um título a um comportamento. “À dificuldade de partilhar a vida com uma pessoa, agora se dá o nome de single. Não é mais solteiro ou sozinho, é single”, aponta. “Para viver com alguém, você tem de fazer concessões, precisa ser corajoso, tem de investir na pessoa com todos os riscos que o ‘investimento’ traz. E as pessoas estão medrosas e cansadas.” Quanto ao casamento consigo mesmo, Pondé é taxativo: “Chegamos ao cúmulo da entropia afetiva da humanidade.” O filósofo vê nessa ritualística algo muito pior do que alguém exigir o direito de casar com seu cachorro. “Porque pelo menos o cachorro é outro ser vivo. Casar consigo mesmo é mais ou menos o direito de me declarar klingon, raça de alienígenas da série Star Trek”, critica. “Hoje, as pessoas querem dizer que escolhem o sexo, a raça, assim como escolhem o desodorante. Tem gente que diz que é de outro planeta. Eles estão em missão na Terra e querem ser reconhecidos como tal. É o transgênero, o transracial e o transplanetário. Agora existe a pessoa que exige o direito de casar consigo mesmo”,diz. Verena ainda não pensa no autocasamento. Ela ficou animada após seu mais recente encontro amoroso. A conversa fluiu, os dois riram bastante. Ele era bonito, eles se beijaram, e o beijo foi bom. Mas ele não escreveu depois. Ela, então, mandou um whatsapp: “Gostei muito de te conhecer.” E ele respondeu um dia depois: “Eu também, muito obrigada pela tarde

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Como usar o novo tipo ‘secreto’ de letra do WhatsApp

Nova fonte lançada pelo WhastApp tem um espaçamento mais elegante, em estilo mais antigo O aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp está lançando uma nova opção de fonte, a FixedSys, que vai dar um estilo mais “retrô” às mensagens. O novo tipo de letra tem um espaçamento mais elegante. Para conseguir escrever com a nova fonte basta começar e acabar a frase ou palavra com três crases (“`).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Nos telefones com o sistema Android, a crase pode ser encontrada ao pressionar a tecla =\<. Depois basta escrever: por exemplo,“`Mensagem“`, e a palavra ou frase já vai sair com a nova fonte. Para encontrar a crase em seu teclado iOS, basta ir à tecla 123 (no canto inferior esquerdo) do teclado e mudar para o teclado de sinais e acentos. No canto inferior direito, pressione a tecla da apóstrofe (‘) – a crase vai aparecer na extremidade esquerda. A nova letra de estilo retrô está disponível há alguns dias. E, assim como em outras ocasiões, o WhatsApp lançou a fonte sem um aviso prévio. No começo de abril, os usuários do aplicativo já começaram a mandar mensagens em itálico e negrito. Para escrever palavras em negrito, é preciso colocá-las entre asteriscos. Por exemplo, *Mensagem*. Para o itálico, é preciso deixar as palavras entre sinais de underline: _palavra_. Se quiser fazer uso dos dois recursos ao mesmo tempo, basta colocar a palavra entre asteriscos e sinais de underline: *_palavra_*.

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Tecnologia: Pokémon Go é prenúncio irritante de algo importante

Você já ouviu falar no Pokémon Go, certo? Trata-se do novo jogo extremamente viral, enlouquecedor, invasor de privacidade, extraordinariamente alarmante e metafisicamente desestabilizador para dispositivos móveis feito pela Niantic. Pokémon GO: o app pode anunciar uma importante mudança tecnológica. Pode valer US$ 1,8 bilhão ao ano. E pode anunciar uma importante mudança tecnológica. Conceitualmente, o aplicativo é bastante simples. Olhando por meio de seus telefones, os jogadores podem ver personagens Pokémon sobrepostos ao mundo ao redor deles. A ideia é “capturar” as criaturas e perseguir diferentes variedades. As crianças adoram isso. Mas isto não se resume a um jogo: trata-se do uso rudimentar de algo chamado realidade aumentada. Usando câmeras e sensores, uma RA mais sofisticada pode projetar gráficos gerados por computador no campo de visão de um usuário, normalmente por meio de óculos ou visores especializados.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] É capaz, também, de mostrar o que o usuário está vendo para colaboradores remotos, que podem, por sua vez, manipular quais gráficos são exibidos. Para a indústria, esta é uma combinação poderosa. Operários estão experimentando capacetes que exibem alertas de segurança e instruções para maquinários. Engenheiros estão recebendo a ajuda de aparelhos para consertar equipamentos. Em vez de lerem manuais técnicos, eles podem utilizar headsets que reconhecem o que estão vendo e indicam o que precisa ser feito. À medida que esses aparelhos evoluírem, os custos cairão, a precisão aumentará, haverá economia de tempo e os ambientes de trabalho se tornarão mais seguros. É provável que a tecnologia se espalhe. A Lockheed Martin está usando RA para montar aviões de combate. Um dia, ela poderá ser útil em hospitais ou em canteiros de obra. O sistema de RA da Microsoft, chamado HoloLens, foi enviado a bordo da Estação Espacial Internacional para que o controle de missão possa ajudar com futuros reparos exibindo anotações no campo de visão de um astronauta. Até mesmo para alguém tecnicamente inepto, a RA poderia simplificar tarefas como montagens de móveis ou trocas de pneus. Em cada um desses casos, o poder da RA é projetar os dados ilimitados do ciberespaço no mundo físico. Isto dará às pessoas mais informações sobre seu ambiente, novas formas de manipulá-lo e um meio novo e promissor de colaboração. Em resumo, transformará as pessoas em ciborgues, mas no bom sentido. Por tudo isso, o Pokémon Go — assim como seu antecessor nas estranhas colisões virtual-físico, o Google Glass — sugere alguns dilemas iminentes. Como tudo na era digital, o jogo certamente minará a privacidade. Como os anunciantes poderiam fazer uso de um equipamento assim? E como evitar que todos vagueiem em meio ao trânsito, que sejam roubados ou que caiam de penhascos? Essas e muitas outras perguntas provavelmente se tornarão mais urgentes quando essa tecnologia emocionante e alarmante decolar. Até lá, desfrutem desse jogo esquisito, fãs de Pokémon. Vocês estão jogando com o futuro. E isto só vai melhorar daqui para frente. Da Bloomberg

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WhatsApp diz que bloqueio de app é indiscriminado

O WhatsApp chamou de indiscriminado o bloqueio imposto pela Justiça do Rio de Janeiro ao aplicativo. A suspensão do aplicativo de troca de mensagens será feita como punição à empresa, que não teria colaborado com uma investigação. WhatsApp: empresa se pronunciou sobre bloqueio imposto por juíza do Rio de Janeiro O WhatsApp enviou a EXAME.com seu posicionamento oficial. Você pode ver o texto (curto) na íntegra logo abaixo. “Nos últimos meses, pessoas de todo o Brasil rejeitaram bloqueios judiciais de serviços como o WhatsApp. Passos indiscriminados como estes ameaçam a capacidade das pessoas para se comunicar, para administrar seus negócios e viver suas vidas. Como já dissemos no passado, não podemos compartilhar informações às quais não temos acesso. Esperamos ver este bloqueio suspenso assim que possível.”[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em sua conta do Facebook, Jon Koum (um dos fundadores do app) também falou sobre o assunto. Veja abaixo o pronunciamento, na íntegra e traduzido de Koum. “Estamos trabalhando para trazer o WhatsApp de volta ao Brasil. É chocante que somente dois meses depois que a população brasileira e especialistas em direito rejeitaram com veemência o bloqueio de serviços como o WhatsApp, a história se repita. Como antes, milhões de pessoas estão sem contato com seus amigos, amados, clientes e colegas, simplesmente porque estão nos pedindo informações que não temos.” A decisão de bloqueio do WhatsApp veio a público na manhã desta terça-feira. Na decisão, à qual EXAME.com teve acesso, a juíza Daniela Barbosa Assunção de Souza dá pena de 50 mil reais por dia para as operadoras que não obedecerem a suspensão. A juíza afirma que o WhatsApp tratou a Justiça brasileira com desrespeito ao responder à demandas em inglês como se o país fosse uma “republiqueta”. Veja mais informações sobre o bloqueio nesta matéria. Victor Caputo/EXAME

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Como ler uma mensagem no WhatsApp sem que a pessoa que enviou saiba

A situação é bastante comum: um amigo ou familiar fica bravo quando você lê, mas não responde imediatamente a uma mensagem no WhatsApp. Excesso de mensagens pode transformar o app em fonte de irritação Image copyright AFP Para evitar isso, muitos usuários deixam de ver o que foi enviado, algo que gostariam de fazer, porque não podem (ou simplesmente não querem) responder. Esse problema se agravou a partir do momento em que o app implementou, em uma de suas atualizações, a notificação “dedo-duro”, aqueles dois riscos azuis que aparecem ao lado do texto, foto ou vídeo para mostrar ao remetente que sim, você viu. Mas nem tudo está perdido: confira a seguir algumas estratégias para drilar os riscos azuis e poder checar as mensagens do WhatsApp sem que ninguém fique sabendo. 1) Desativar a confirmação de leitura Image captionÉ possível desativar os recibos de leitura, mas isso não sai de graça: você também não poderá ver se seus contatos viram suas mensagens A primeira e mais óbvia forma é desativar os riscos azuis nas configurações do aplicativo. Abra o WhatsApp, vá até Conta – Privacidade – Recibos de Leitura. Desmarque essa opção. Desativar a função, porém, funcionará para os dois lados: você também não vai poder checar se seus contatos leram suas mensagens. Isso pode ser feito em aparelhos com sistemas iOS e Android. 2) Modo avião Se você quer fazer isso só de vez em quando, e com pessoas específicas, o modo avião é a ferramenta adequada, embora demande um pouco mais de trabalho. Quando você recebe uma mensagem de WhatsApp, mas não está usando o aplicativo no momento, uma notificação aparece na tela – a menos que não tenha desativado essa opção. Se você quer ler a mensagem sem ser detectado, ative o modo avião antes de abrir a notificação. No modo avião, a conexão com a rede da sua operadora e com o Wi-Fi será interrompida. Modo avião é uma forma segura de não ser descoberto pelo WhatsApp Depois de ler a mensagem, feche o aplicativo para que a notificação de leitura não apareça quando você desativar o modo avião. Para fechar o aplicativo no iOS, é preciso tocar duas vezes no botão “home”. Feito isso, vão aparecer na sua tela todos os aplicativos abertos – basta arrastar para cima a tela do WhatsApp. No Android, os dispositivos com versões a partir de 4.0 têm um botão no canto inferior direito da tela que mostra os apps usados recentemente. Para fechar o WhatsApp, deslize o dedo sobre ele e arraste. 3. Notificações Image captionAs setas azuis podem, sim, ser desativadas Outra forma de ver as mensagens (mas só as que não são longas) sem ser descoberto é fazer isso com o telefone bloqueado, por meio das notificações pop-up. No iOS, é preciso ativar as notificações por meio das configurações do telefone. No Android, acesse nas configurações do aplicativo, toque em notificações e entre em notificações pop-up. Escolha a opção “sempre mostrar notificações pop-up”. 4. Widget do Android Os telefones com o sistema Android tem um widget que, ao ser ativado, permite ler as mensagens em uma janela pop-up, semelhante às notificações. Para acrescentar o widget, pressione uma área limpa da tela inicial e escolha a opção Widgets. Para quem tem Android, habilitar os widgets é uma das opções A seguir, aparecerá uma lista de aplicativos; quando encontrar o WhatsApp, toque nele e o arraste para a tela. Essa opção permite responder as mensagens de outras pessoas e continuar ignorando quem você quiser. O inconveniente do widget é que ele não permite ver emojis, imagens ou vídeos. Só texto. Se não conseguir ativá-lo, verifique se a opção Habilitar Widgets está marcada nas configurações do aparelho.

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Rival do Uber, espanhol Cabify chegará ao Brasil em maio

A empresa espanhola de transporte urbano via aplicativo Cabify deve iniciar suas operações no Brasil a partir de maio, começando por São Paulo, ampliando sua operação na América Latina, onde tem se expandido desde 2012. A companhia foi criada em 2011 na Espanha e atua emmodelo semelhante ao do norte-americano Uber, em que motoristas particulares são conectados a passageiros por meio de um aplicativo próprio da empresa. Em 2012, a Cabify lançou serviços no México, Peru e Chile e em 2014 estreou na Colômbia. Segundo o chefe das operações da Cabify no Brasil, Daniel Velazco Bedoya, o lançamento da operação no Brasil neste momento se deve a um cenário regulatório mais favorável, surgido depois que a prefeitura de São Paulo regulamentou o chamado táxi preto, que trabalha apenas com aplicativos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “O Brasil tem possibilidade de ser a maior fonte de receita da empresa. Vai ter uma operação independente dos outros países na região”, disse Bedoya à Reuters, evitando comentar detalhes como projeções de mercado ou metas da companhia, mas citando a frota de 38 mil táxis da cidade como referencial. O executivo de 26 anos é engenheiro agrônomo, mas optou por trabalhar com mobilidade. Até janeiro, era presidente no Brasil do site de compartilhamento de viagens de longa distância Tripda, que recebeu investimentos da aceleradora alemã de empresas Rocket Internet, mas acabou encerrando operações no início deste ano. Segundo Bedoya, o interesse inicial da Cabify no Brasil envolve mais quatro cidades do país, mas ele evitou comentar os nomes e datas de lançamento do serviço nestas localidades. A companhia também avalia eventual lançamento de modalidades de serviços que envolvam vans de passageiros e até aeronaves particulares, disse ele. A Cabify, que nas próximas duas semanas deve se instalar em escritório próprio em São Paulo, vai operar por meio de motoristas autônomos, mas a empresa não descarta incorporar a seus serviços os táxis pretos recentemente autorizados a operar na cidade. A empresa vai oferecer sistema de cobrança distinto do utilizado pelo Uber na formação dos seus preços. Em vez de uma espécie de leilão em que horários de pico e locais com grande demanda acabam elevando os preços das corridas, a Cabify vai atuar com sistema de tarifa fixa baseada na quilometragem percorrida. “Estamos definindo nos próximos dias as tarifas. Vão ser bastante competitivas tanto em relação ao Uber quanto em relação aos táxis”, disse Bedoya. “Já tivemos alguns encontros com o governo (prefeitura) de São Paulo para discutirmos a melhor forma de entrada da empresa na cidade. Isso nos da confiança para o início das operações, afirmou. Nos últimos meses, protestos de taxistas, alguns violentos, contra o Uber atrapalharam o trânsito de algumas cidades do país onde a empresa opera, como Rio de Janeiro e São Paulo. Bedoya avalia que o ambiente concorrencial no setor ficou mais intenso nos últimos meses no país, mas avalia que a oferta de serviços de empresas como o Uber trouxe mais passageiros às ruas. “Entraram muitos carros no mercado sim, mas eles trouxeram muita demanda que antes nem existia, porque as pessoas nem pensavam em usar esse tipo de transporte”, disse ele. “Mesmo com a queda do poder aquisitivo da população, ainda tem um contingente muito grande que não perdeu condições para usar esse tipo de transporte. Além disso, as pessoas estão deixando de usar carro para economizar.” JB

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Boa forma física na palma da mão

Os aplicativos para smartphones que ajudam os usuários a cuidar da saúde estão mais eficazes e potencialmente úteis. A prática da medicina e da saúde pública por meio de dispositivos móveis tem um futuro promissor (Foto: Flickr)  Existem hoje cerca de 165 mil aplicativos de saúde que funcionam nos dois principais sistemas operacionais de smartphones, iOS da Apple e Android do Google. Segundo a empresa de consultoria PwC, até 2017 esses aplicativos terão sido baixados 1,7 bilhão de vezes. Os melhores aplicativos são extremamente populares. Com a conquista de mercado dos smartphones e a tendência de aperfeiçoamento contínuo dos apps e da Internet das Coisas, a prática da medicina e da saúde pública por meio de dispositivos móveis tem um futuro promissor.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] No entanto, além de dar uma nova dinâmica à medicina, os aplicativos de saúde têm um número crescente de recursos nos quais os usuários podem falar diretamente com os médicos e terapeutas. E à medida que a qualidade dos cuidados oferecidos foi se sofisticando, agora novos aplicativos monitoram e fazem o diagnóstico de diversas doenças e, assim, em alguns casos ajudam os usuários a evitá-las. Mas a questão da regulamentação é mais complexa. Com a popularidade crescente dos aplicativos que ajudam a cuidar da saúde, surgiu a preocupação com o armazenamento de dados dos pacientes e o consequente uso e compartilhamento dessas informações. Um novo estudo publicado no Journal of the American Medical Association revelou que muitos aplicativos de saúde estão compartilhando informações de pacientes sem o conhecimento deles. Fontes: The Economist-Things are looking app

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Veja quatro truques para tirar mais proveito do seu celular

Os smartphones, como são conhecidos os celulares modernos, estão se tornando companhias inseparáveis do ser humano e precisam de cuidados e medidas para evitar problemas. Cada vez mais inseparáveis do ser humano, smartphones requerem medidas para aperfeiçoar uso – Image copyrightGetty Para aproveitar ao máximo esses acessórios tão importantes no mundo moderno, a BBC preparou um rápido guia com truques para ajudar a resolver quatro problemas típicos dos celulares: rompimento de cabos, baterias que se esgotam rápido demais, falta de espaço para memória e consumo exagerado dos planos de dados. 1. Cabos Usuários de iPhone costumam queixar-se da vulnerabilidade dos cabos de carregamento de seus telefones, que parecem quebrar, romper e rachar com certa frequência. Os truques para lidar com o problema, no entanto, podem ser úteis para usuários de outras marcas e aparelhos. Não há muito o que fazer: reforçar o cabo é a única solução. Entre os truques estão colocar a mola do mecanismo de acionamento de uma caneta para fazer o cabo algo mais maleável. Instalando-a próxima ao plug que se conecta ao telefone, evita-se dobras que possam quebrar a fiação. Um canudinho também pode ajudar, ou mesmo papel e fita adesiva. Também pode-se comprar um cabo já reforçado. Mola de caneta pode proteger fiação – Image copyrightThinkstock Além disso, guardar o cabo de forma correta e não esticá-lo demais devem evitar problemas maiores – ao menos por um tempo. 2. Baterias Mesmo com tantos avanços, as fabricantes de celulares não conseguiram resolver um antigo problema: a duração das baterias, sobretudo as dos smartphones. Truques ajudam a tirar melhor proveito e resolver problemas mais comuns com celulares modernos – Image copyrightThinkstock Há modelos cujas baterias rendem mais do que as dos outros, mas cedo ou tarde todas pedem para ser recarregadas. Leia também: 5 aplicativos para aprender idiomas pelo celular Mas alguns truques podem fazer com que as baterias durem mais. Entre eles está ajustar o brilho da tela. Para isso, vá em Configurações ou ajustes >> Tela ou brilho, dependendo do tipo de celular que você tem. Você também pode desativar a opção “brilho automático”, já que ela pode estar otimizada para ficar em um nível bem alto de brilho Outras dicas são desligar o alerta de vibração ao receber mensagens e ligações, reduzir o tempo de bloqueio da tela, e desligar as conexões WiFi e Bluetooth, para que o aparelho não permaneça procurando por elas. Também é importante desativar a função de localização constante por GPS, desativar o maior número possível de notificações, e evitar que aplicativos permaneçam funcionando em “segundo plano”, o que consome bateria mesmo que eles não estejam sendo utilizados. Leia também: Nove truques para fazer a bateria do celular durar mais 3. Memória Usuários de smartphones sabem que é difícil resistir à tentação de levar tudo nos aparelhos: fotos, mensagens, documentos, cópias de informações úteis, vídeos, jogos, etc. Isto, no entanto, invariavelmente leva à frustração de receber a mensagem de que não se pode mais bater fotos ou baixar aplicativos devido à falta de espaço de memória disponível. Leia também: Da cama ao banheiro: pesquisa revela hábitos do brasileiro ao celular Uma das principais dicas é priorizar. O que não é tão necessário deve entrar no topo da lista do que pode ser deletado, seguido de aplicativos que não são utilizados com frequência, filmes e vídeos que já não são assistidos e livros que não são lidos. Uso de smartphones cresce ao redor do mundo; dicas truqes ajudam a lidar com problemas – Image copyrightAFP Entre as dicas está habilitar um sistema automático para deletar vídeos recebidos por mensagens e determinar um período máximo de dias em que alguns podem ser salvos no aparelho. Outro truque é não salvar cópias de fotos se você utiliza a função HDR para maior qualidade, controlar quanto espaço da memória é destinado a aplicativos, e utilizar o sistema de “nuvens” para armazenar arquivos, fotos e vídeos. 4. Planos de dados Para fazer com que seu plano de dados dure mais tempo e não se esgote rapidamente no mês, uma das primeiras dicas é vigiar os downloads automáticos. As fotos e vídeos que são baixados em seu smartphone sem sua autorização são alguns dos principais vilões para esgotar seus dados. Para impedir que isso aconteça, basta desativar os downloads e reproduções automáticos em aplicativos como WhatsApp e redes sociais como o Facebook. Além disso, pode-se ter uma economia da franquia mensal de dados ao desativar o maior número possível de notificações desnecessárias e assinalar a opção “reduzir uso de dados” em navegadores como o Chrome ou Safari. Se o objetivo é economizar uso de dados, no entanto, o maior truque, de longe, é jamais atualizar qualquer aplicativo ou baixar atualizações de softwares fora de uma rede WiFi, e impedir que isso aconteça de forma automática. Fonte:BBC

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Uber vale mais que o Bradesco, Itaú, Petrobras e Vale; mas merece?

A empresa tem um valor de mercado elevadíssimo, na casa dos US$ 50 bilhões. Não tem aplicativo em uma situação pior agora do que o Uber. Embora seja um negócio sensacional, ele acaba de ser proibido (lei que ainda requer regulamentação) em São Paulo e enfrenta diversos casos na justiça americana que podem fazer com que a empresa reconheça todos os motoristas como empregados – jogando os gastos da empresa na lua.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mas mesmo assim, a empresa tem um valor de mercado elevadíssimo, na casa dos US$ 50 bilhões. É um valor muito alto: supera todas as empresas da Bovespa, menos a Ambev (que vale US$ 77 bilhões). Ou seja, vale mais do que Itaú (US$ 40 bilhões), Bradesco (US$ 30 bilhões), Petrobras (US$ 29 bilhões), Vale (US$ 24 bilhões). Quer passar um dia na companhia das 5 maiores aceleradoras do país e conhecer a história de empreendedores das startups de maior sucesso do Brasil? CLIQUE AQUI Na verdade, ela vale mais do que a gigante GM (US$ 48 bilhões) e quase bate a Ford (US$ 54 bilhões) – empresas muito maiores e com muito mais história do que o Uber. Além disso, a empresa que conecta motoristas com pessoas que precisam de locomoção tem sido bastante comparada com duas startups de tecnologia que também alcançaram o valor de mercado de US$ 50 bilhões antes: o Facebook e a Amazon. E essa comparação mostra o quanto o Uber está sobrevalorizado, mostra a Fox. Na época que o Facebook teve esse valor, já era uma empresa bastante lucrativa, com receitas de US$ 2 bilhões, com lucro operacional de US$ 1 bilhão e lucro líquido de US$ 606 milhões. O Uber teve receitas de US$ 400 milhões no ano passado e perdeu US$ 470 milhões – um grande prejuízo. E mesmo com o aumento expressivo de receitas (que podem bater US$ 2 bilhões em 2015), a empresa não chegará nem perto da lucratividade do Facebook na época que ambos bateram esse valor de mercado. Uma comparação mais razoável seria a Amazon, que também presta um serviço físico através da web. A primeira vez que a Amazon bateu o valor de mercado de US$ 50 bilhões, era uma empresa muito parecida com o Uber – receitas de US$ 1,6 bilhão e perdas operacionais de US$ 600 milhões. Mas aí está a pegadinha: isso foi em 1999, no meio da bolha das dot-com. Quando ela estourou, a Amazon perdeu 90% do valor de mercado e só em 2007 voltou a alcançar a marca de US$ 50 bilhões. Na época, a Amazon tinha um lucro líquido de US$ 476 milhões e receitas de US$ 15 bilhões. O Uber precisa de três anos dobrando lucros para alcançar essas receitas. Essa comparação mostra que existe uma bolha no mercado de private equity muito parecida com a do final dos anos 90, que vem sido especulada por muito tempo. E os efeitos dessa possível bolha poderão ser sentido por muitos investidores, principalmente aqueles que forem gananciosos demais. Para as startups, maravilha: dinheiro mais fácil e barato. Mas entenda que isso não significa que não existam bons investimentos por aí (não estamos desaconselhando ninguém!). Quem acertar um investimento em uma boa startup ganhará muito dinheiro lá na frente, mesmo que o retorno seja menor por conta de alguma distorção de mercado. Mas é um investimento que precisa, sim, de racionalidade. Se o Uber escalar seu negócio como a Amazon fez, poderá valer US$ 50 bilhões racionalmente um dia – ao contrário de um mercado exagerado. Mas com a série de buracos que vai se desenhando por agora, vai ser uma jornada bastante complicada. Via InfoMoney

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Uber x taxistas: até que ponto o Estado deve intervir na economia?

A sociedade da informação vem mudando o modo de as pessoas se relacionarem com a vida de um modo geral. Em decorrência desse fenômeno, que tornou possível a pessoas de todo o mundo estarem conectadas instantaneamente, novas maneiras de obter bens e serviços também se tornaram realidade. E sendo o ser humano, geralmente, avesso a mudanças, ao longo da história, todas as inovações, sem exceção, sempre foram objeto de resistência e desconfiança, principalmente por parte daqueles que em face da mudança eram obrigados a se “reinventar” para se adaptar à nova ordem social e econômica. A história também registra que as novas tecnologias sempre prevaleceram sobre o pensamento velho e pragmático contrário às mudanças. Por que a tecnologia sempre vence? Porque tecnologia, do grego techne, se traduz pela arte da superação pela técnica. Por conta disso, proporciona às pessoas fazer as mesmas coisas de um modo mais prático, eficiente e/ou barato. Afora isso, a tecnologia tem dois aliados de peso a seu favor: o tempo e a razão. No caso específico da polêmica entre Uber e taxistas, a questão em si é pequena em face a outros aspectos subjacentes ao debate, relativos à estrutura organizacional do Estado.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Nesse contexto, alguns questionamentos vem à tona: qual a vantagem para o cidadão em ter um serviço auditado e fiscalizado pelo Estado, se pode ter um serviço similar, auto regulado e fiscalizado pelos próprios usuários? Outra questão é: qual o benefício que sindicatos representantes de determinadas classes trazem efetivamente aos trabalhadores afiliados e à sociedade? Claro está que se o serviço fosse bem auditado pelo Estado e se os taxistas de um modo geral atendessem o cliente com uma frota nova e qualidade parecida com a que a Uber oferece, talvez sequer houvesse margem para que a concorrência se instalasse. Na verdade, o que constatamos é que às vezes motoristas recusam corridas dependendo do horário e da distância (e isso é proibido por lei), outros sequer conhecessem os itinerários, sendo ainda alguns (não se sabe ao certo quantos) subcontratados pelo titular da permissão, trabalhando em regime de exploração semelhante a que outrora existia no feudalismo entre vassalos e servos da gleba. Não deveria o Estado, que concede as licenças, e os sindicatos, que organizam a categoria, fiscalizarem essas e outras situações irregulares? É legitimo hoje se arvorarem contra o concorrente que soube inovar, após décadas de inércia? Penso que não. Não estariam os sindicatos, que possuem forte influência do pensamento marxista, que condenam a exploração e a “mais valia”, se afastando dos princípios basilares de sua instituição? Nesse sentido, é muito aguçada a visão do deputado estadual Edilson Silva, do Psol de Pernambuco, que declarou à revista Veja: “O Uber será utilizado por seu valor de troca, ou seja, baseado em critérios de produção de bens e serviços em escala de massa. Quem oferecer melhor preço e qualidade levará o cliente. Socialismo com liberdade é assim.” Certamente os sindicatos são de grande importância para a democracia, e devem obviamente defender sua categoria, mas sem com isso prejudicar a sociedade. Relatos de violência contra motoristas e passageiros da Uber denigrem os bons profissionais taxistas, que tenho certeza são a maioria, enfraquecendo a legitimidade da categoria. Não deveria o sindicato combater a concorrência pensando em como superar o concorrente, prestando um serviço melhor? Imagino que sim. Concluindo, mais que regulamentar ou não o aplicativo, a questão que é proposta aos Estados em todo o mundo vai além de regulamentar ou banir o Uber, diz respeito ao seu grau de intervencionismo e ao seu grau de respeito à livre iniciativa, base de qualquer economia saudável. Também está sendo questionada a eficácia e efetividade de legislações e acesso a concessões públicas que, ao se cristalizarem ao longo do tempo, criaram distorções. Por fim, reitere-se que o direito é um processo dinâmico, contínuo e deve tão somente regulamentar situações da vida de modo a garantir a ordem social, com o mínimo de intervenção possível. Esse é o dever do Estado na nova ordem social e econômica global. Artigo de Dane Avanzi, presidente da Aerbras – Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil

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