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Cora Coralina – Versos na tarde – 14/04/2017

Saber Viver Cora Coralina¹ Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. ¹Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Cora Coralina – Versos na tarde – 23/02/2016

Das pedras Cora Coralina ¹ Ajuntei todas as pedras que vieram sobre mim. Levantei uma escada muito alta e no alto subi. Teci um tapete floreado e no sonho me perdi. Uma estrada, um leito, uma casa, um companheiro. Tudo de pedra. Entre pedras cresceu a minha poesia. Minha vida… Quebrando pedras e plantando flores. Entre pedras que me esmagavam levantei a pedra rude dos meus versos. Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cora Coralina – Versos na tarde – 05/01/2015

Eu Voltarei Cora Coralina ¹ Meu companheiro de vida será um homem corajoso de trabalho, servidor do próximo, honesto e simples, de pensamentos limpos. Seremos padeiros e teremos padarias. Muitos filhos à nossa volta. Cada nascer de um filho será marcado com o plantio de uma árvore simbólica. A árvore de Paulo, a árvore de Manoel, a árvore de Ruth, a árvore de Roseta. Seremos alegres e estaremos sempre a cantar. Nossas panificadoras terão feixes de trigo enfeitando suas portas, teremos uma fazenda e um Horto Florestal. Plantaremos o mogno, o jacarandá, o pau-ferro, o pau-brasil, a aroeira, o cedro. Plantarei árvores para as gerações futuras. Meus filhos plantarão o trigo e o milho, e serão padeiros. Terão moinhos e serrarias e panificadoras. Deixarei no mundo uma vasta descendência de homens e mulheres, ligados profundamente ao trabalho e à terra que os ensinarei a amar. E eu morrerei tranqüilamente dentro de um campo de trigo ou milharal, ouvindo ao longe o cântico alegre dos ceifeiros. Eu voltarei… A pedra do meu túmulo será enfeitada de espigas de trigo e cereais quebrados minha oferta póstuma às formigas que têm suas casinhas subterra e aos pássaros cantores que têm seus ninhos nas altas e floridas frondes Eu voltarei… ¹ Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Cora Coralina – Versos na tarde – 06/08/2014

Eu Voltarei Cora Coralina ¹ Meu companheiro de vida será um homem corajoso de trabalho, servidor do próximo, honesto e simples, de pensamentos limpos. Seremos padeiros e teremos padarias. Muitos filhos à nossa volta. Cada nascer de um filho será marcado com o plantio de uma árvore simbólica. A árvore de Paulo, a árvore de Manoel, a árvore de Ruth, a árvorede Roseta. Seremos alegres e estaremos sempre a cantar. Nossas panificadoras terão feixes de trigo enfeitando suas portas, teremos uma fazenda e um Horto Florestal. Plantaremos o mogno, o jacarandá, o pau-ferro, o pau-brasil, a aroeira, o cedro. Plantarei árvores para as gerações futuras. Meus filhos plantarão o trigo e o milho, e serão padeiros. Terão moinhos e serrarias e panificadoras. Deixarei no mundo uma vasta descendência de homens e mulheres, ligados profundamente ao trabalho e à terra que os ensinarei a amar. E eu morrerei tranqüilamente dentro de um campo de trigo ou milharal, ouvindo ao longe o cântico alegre dos ceifeiros. Eu voltarei… A pedra do meu túmulo será enfeitada de espigas de trigo e cereais quebrados minha oferta póstuma às formigas que têm suas casinhas subterra e aos pássaros cantores que têm seus ninhos nas altas e floridas frondes. Eu voltarei… ¹ Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Cora Coralina – Versos na Tarde – 12/01/2014

Saber Viver Cora Coralina¹ Não sei… Se a vida é curta Ou longa demais pra nós, Mas sei que nada do que vivemos Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, Braço que envolve, Palavra que conforta, Silêncio que respeita, Alegria que contagia, Lágrima que corre, Olhar que acaricia, Desejo que sacia, Amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, É o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela Não seja nem curta, Nem longa demais, Mas que seja intensa, Verdadeira, pura… Enquanto durar ¹Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cora Coralina – Versos na tarde – 06/11/2013

Poeminha Amoroso Cora Coralina¹ Lindo demais Coração é terra que ninguém vê Quis ser um dia, jardineira de um coração. Sachei, mondei – nada colhi. Nasceram espinhos e nos espinhos me feri. Quis ser um dia, jardineira de um coração. Cavei, plantei. Na terra ingrata nada criei. Semeador da Parábola… Lancei a boa semente a gestos largos… Aves do céu levaram. Espinhos do chão cobriram. O resto se perdeu na terra dura da ingratidão Coração é terra que ninguém vê – diz o ditado. Plantei, reguei, nada deu, não. Terra de lagedo, de pedregulho, – teu coração. Bati na porta de um coração. Bati. Bati. Nada escutei. Casa vazia. Porta fechada, foi que encontrei… ¹Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cora Coralina – Versos na tarde – 08/01/2013

Vida de lavadeiras Cora Coralina ¹ Sombra da mata sobre as águas quietas onde as iaras vêm dançar à noite. . . Não. Mentira. Façamos versos sem mentir – Onde batem roupa as lavadeiras pobres. Sombra verde dos morros no poço fundo da Carioca onde as mulheres sem marido carregadas de necessidades, mães de muitos filhos largados pelo mundo batem roupas nas pedras lavando a pobreza sem cantiga, sem toada, sem alegria. Quero escrever versos verdadeiros. Por que será, Senhor que a mentira se insinua nos meus versos? Onde vive você, poeta, meu irmão que faz versos sem mentir? ¹ Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cora Coralina – Versos na tarde

Lavadeiras Cora Coralina ¹ Sombra da mata sobre as águas quietas onde as iaras vêm dançar à noite. . . Não. Mentira. Façamos versos sem mentir – Onde batem roupa as lavadeiras pobres. Sombra verde dos morros no poço fundo da Carioca onde as mulheres sem marido carregadas de necessidades, mães de muitos filhos largados pelo mundo batem roupas nas pedras lavando a pobreza sem cantiga, sem toada, sem alegria. Quero escrever versos verdadeiros. Por que será, Senhor que a mentira se insinua nos meus versos? Onde vive você, poeta, meu irmão que faz versos sem mentir? ¹ Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Cora Coralina – Versos na tarde

Coração é terra que ninguém vê Cora Coralina ¹ Quis ser um dia, jardineira de um coração. Sachei, mondei – nada colhi. Nasceram espinhos e nos espinhos me feri. Quis ser um dia, jardineira de um coração. Cavei, plantei. Na terra ingrata nada criei. Semeador da Parábola… Lancei a boa semente a gestos largos… Aves do céu levaram. Espinhos do chão cobriram. O resto se perdeu na terra dura da ingratidão Coração é terra que ninguém vê – diz o ditado. Plantei, reguei, nada deu, não. Terra de lagedo, de pedregulho, – teu coração. Bati na porta de um coração. Bati. Bati. Nada escutei. Casa vazia. Porta fechada, foi que encontrei… ¹ Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas * Cidade de Goiás, GO. – 20 de Agosto de 1889 d.C + Goiânia, GO. – 10 de Abril de 1985 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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