Arquivo

Alphonso de Guimaraens Filho – Versos na tarde – 24/06/2016

Deitas teu corpo em flor Alphonsus de Guimaraens Filho¹ Deitas teu corpo em flor no campo claro e toda ao sol te entregas, matinal. Um perfume de luz se espalha qual puro delírio, canto esquivo e raro. Sorver o aroma, recolher o puro estremecer de flor, ó pólen, ó mel que irrompendo de tudo vibra em céu de água a cair das coisas num futuro instante de fantástica beleza e de beijo e de afago e de um supremo arfar de chama em límpida penugem. Deitas teu corpo em flor, e a natureza Funde-se em ti no alto silêncio extremo de volúpia desfeita em brisa e nuvem. ¹Alphonsus de Guimaraens Filho * Mariana, MG. – 3 de Junho de 1918 d.C +Rio de Janeiro, RJ – 28 de agosto de 2008 d.C

Leia mais »

Alphonsus de Guimaraens Filho – Versos na tarde – 30/06/2013

Olhas o amanhecer Alphonsus de Guimaraens Filho¹ Olhas o amanhecer, vives o amanhecer como o único instante em que o céu é entreaberto segredo de um deus mudo. Espera: algo vai se revelar e deves estar pronto para mergulhar teu sonho num poço de luz casta. O intocado te espera. E amanhece. E te iluminas como se trincasses com os dentes a polpa do absoluto Ária ao violão Que sonâmbula campânula embala o íncola na ínsula campanulando? Cantagalo cantagálico no áulico tez gaulesa cantagalando. Só, na sombra solitária estrelinha latejante é chama, é flor, e madruga num rio que ri ou geme, campanulando. Sobre a memória madura a cálida, a alva aurora desce doce se incorpando, campanulando. ¹Alphonsus de Guimaraens Filho * Mariana, MG. – 3 de Junho de 1918 d.C + Rio de janeiro, RJ. – 28 de agosto de 2008 >> Biografia de Alphonsus de Guimaraens Filho [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »