Conforme prometemos, há novidades sobre o caso de Rosemary Noronha, a namorada de Lula, que comandava o escritório da Presidência da República em São Paulo e com ele visitou 32 países num período de apenas três anos (sempre na ausência da primeira-dama Marisa Léticia, é claro).
Apanhada em flagrante na Operação Porto Seguro, Rosemary foi incriminada pela Polícia Federal, mas a privacidade dela e de Lula foi respeitada, sem haver escuta telefônica, com a investigação limitando-se ao controle dos e-mails da assessora presidencial.
Motivo: Lula não usa computador, só falava com ela por telefone. Sem escuta telefônica, ele quase não aparece na foto.
Para enfraquecer Lula e forçá-lo a desistir da candidatura à Presidência, o Planalto atacou Rosemary Noronha com todas as forças, usando a Controladoria-Geral da União e a Comissão de Ética da Presidência para investigar, em ações paralelas, o que teria sido o “enriquecimento ilícito” da segunda-primeira-dama.
TV GLOBO SE OMITIU
Nessa ofensiva, o Planalto liberou uma série de “denúncias” exclusivas ao influente repórter político Vinicius Sassine, de O Globo, que até meados de 2012 trabalhava no Correio Braziliense.[ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]
A tática do Planalto era dar exclusividade a O Globo, para que a TV Globo e a Rádio CBN também entrassem no assunto, mas não aconteceu nada, por um motivo óbvio.
A TV Globo já está escaldada com esse tipo de notícia, desde que o então presidente FHC teve um caso com a repórter Miriam Dutra, do Jornal Nacional, e a emissora acobertou, enviando a jornalista para a Espanha, onde recebia alto salário sem trabalhar.
Desde essa época, a TV Globo não entra nesse tipo de “cobertura jornalística”, digamos assim, porque tem telhado de vidro…
Quanto ao enriquecimento ilícito de Rosemary, não é de espantar diante dos milionários casos de corrupção que caracterizam a política brasileira.
Carlos Newton/Tribuna da Imprensa